De acordo com os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT), de janeiro a dezembro de 2020 as empresas comunicaram 698 processos de despedimento coletivo, quando no ano anterior registaram 345.
Já o número de trabalhadores despedidos atingiu 7.523, o que contrasta com 3.616 no período homólogo.
Os valores registados em 2020, ano do início da crise causada pela pandemia de covid-19, são os mais elevados desde 2013, no pico da anterior crise financeira, quando se verificaram 990 despedimentos coletivos e 9.262 trabalhadores abrangidos.
Dos 698 processos comunicados no ano passado, a grande maioria ocorreu nas micro e pequenas empresas, com 279 e 291 processos, respetivamente.
Nas médias empresas foram comunicados 95 processos de despedimento coletivo e nas grandes empresas 35.
A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou em 2020 o maior número de despedimentos coletivos (375), seguida do Norte (220), do Centro (57), do Algarve (32) e do Alentejo (14).
Apesar de terem despedido 7.513 trabalhadores através dos processos de despedimento coletivo, as empresas tinham a intenção de despedir 8.033 trabalhadores, mas 471 acabaram por ser afetados por outras medidas, enquanto 49 viram os seus processos revogados.