Nova redução das taxas de juro? "Não vejo qualquer sinal nesse sentido"

Isabel Schnabel, membro da Comissão Executiva do Banco Central Europeu (BCE), considerou numa entrevista hoje divulgada que não há sinais que justifiquem uma nova redução das taxas de juro diretoras.

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Lusa
11/07/2025 14:51 ‧ há 4 horas por Lusa

Economia

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"Só seria necessário considerar uma nova redução das taxas se observássemos sinais de um desvio significativo da inflação em relação ao nosso objetivo a médio prazo. E, neste momento, não vejo qualquer sinal nesse sentido", disse Schnabel numa entrevista hoje publicada pela Econostream Media e citada pela agência France-Presse (AFP).

Segundo a economista alemã, o ligeiro aumento dos preços da energia pode ser temporário e o cenário de uma pressão descendente sobre a economia com um euro forte face ao dólar é exagerado.

De igual forma, a economia resiliente apesar da incerteza e o mercado de trabalho sólido reforçam uma pausa na flexibilização das políticas monetárias.

A posição de Schnabel corrobora as expectativas de analistas, que antecipam uma pausa nas descidas durante a próxima reunião sobre política monetária do BCE, em 24 de julho, antes das férias do verão.

Na sua reunião de 05 de junho, o BCE decidiu baixar a sua principal taxa de referência para 2,0%, sendo esta a sétima redução consecutiva.

Desde junho de 2024 que o BCE tem invertido o seu ciclo de restrição iniciado dois anos antes para combater a subida de preços, tendo a taxa de depósito passado de um recorde de 4,0% para 2,0%, um valor que não é considerado prejudicial para a economia.

"Os riscos para as perspetivas de crescimento na zona Euro estão agora mais equilibrados", acrescentou, dizendo que, na situação atual, uma nova redução poderia não ser apropriada.

As declarações da economista alemã surgem depois de a presidente do BCE, Christine Lagarde, ter considerado em junho que, com as taxas atuais, o banco central está "no fim de um ciclo de política monetária que respondeu a choques acumulados, incluindo a covid-19, a guerra na Ucrânia e a crise energética", que fizeram disparar os preços.

Lagarde acrescentou que o BCE está agora numa "boa posição" para enfrentar as incertezas, em especial num cenário de tarifas aplicadas pelos Estados Unidos da América.

A taxa de inflação anual na área da zona euro terá sido de 2,0% em junho, contra 1,9% em maio e 2,5% do mês homólogo de 2024, de acordo com uma estimativa provisória do Eurostat divulgada no início do mês.

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