O relatório desenvolvido pela organização especializada em desinformação sugere que "as plataformas Meta podem ter violado as sanções da UE e canalizado dinheiro para a RT, Sputnik e outras entidades sancionadas pela UE, através de programas de redistribuição de receitas do Facebook".
Os programas de redistribuição de receitas do Facebook são parcerias comerciais opcionais, que concedem aos editores de conteúdo participantes uma parte da receita de anúncios do Facebook, conforme determinado pela plataforma com base em várias métricas de desempenho.
Neste sentido, a investigação refere que a Meta tem-se envolvido em parcerias de redistribuição de receitas com páginas afiliadas à RT ou Sputnik, sendo que "a maioria das páginas foi registada para redistribuição de receitas antes da invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia e antes da introdução das sanções da UE", embora algumas parcerias tivessem permanecido ativas em junho de 2025.
Aquando da invasão da Ucrânia, em 2022, o Conselho da União Europeia designou a RT e a Sputnik como uma "ameaça significativa e direta à ordem pública e segurança da União".
Os meios de comunicação Russia Today e Sputnik são controlados pelo Estado da Rússia, sendo conhecidos por disseminar propaganda e facilitar campanhas de desinformação a serviço dos objetivos geopolíticos do Governo russo.
A investigação salienta ainda a necessidade de um escrutínio urgente das parcerias de redistribuição da receita da Meta, bem como uma supervisão regulatória mais consistente dos sistemas de monitorização das redes sociais e práticas de governação.
A EUvsDisinfo é composta por uma equipa de especialistas em desinformação, fazendo parte do serviço diplomático da UE.
O relatório em questão foi desenvolvido em parceria com o blogue "What To Fix", cujo objetivo passa por documentar e conceber soluções sólidas para os riscos sistémicos do mundo virtual.
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