Risco climático? Bancos estão a fazer progressos, mas é preciso "mais"

O Banco Central Europeu (BCE) adverte que os bancos nem sempre consideram plenamente os empréstimos hipotecários, que constituem uma parte considerável da sua atividade, na gestão dos riscos climáticos e relacionados com a natureza.

BCE prepara novo teste de resistência dos bancos a ciberataques

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Lusa
11/07/2025 14:11 ‧ há 4 horas por Lusa

Economia

Zona Euro

 

 

Os bancos da zona euro estão a fazer progressos na gestão dos riscos climáticos e naturais, mas "precisam de fazer mais", afirmou o vice-presidente do Conselho de Supervisão do BCE, Frank Elderson, num blogue publicado hoje.

O BCE está atualmente a avaliar se irá impor sanções pecuniárias compulsórias aos bancos que não comecem a considerar adequadamente estes riscos.

Os bancos têm agora uma melhor compreensão dos riscos climáticos e ambientais que enfrentam, acrescentou Elderson.

Cerca de 90% dos maiores bancos da zona euro consideram-se agora expostos a esses riscos, em comparação com apenas metade em 2021.

Elderson observa que os bancos incluem os riscos climáticos e relacionados com a natureza no risco de crédito, mas não tanto noutras categorias de risco, como o risco operacional ou o risco de mercado.

O vice-presidente do Conselho de Supervisão do BCE considera que os testes de esforço são "um instrumento fundamental para quantificar melhor onde se encontram os riscos relacionados com as condições climáticas e a natureza" e para calcular o capital necessário para cobrir esses riscos.

Todos os bancos incluíram o risco climático nos seus quadros de testes de esforço, em comparação com 41% dos bancos que incluíram o risco climático nos seus quadros de testes de esforço em 2022.

No entanto, três quartos dos bancos não cobrem todos os fatores de riscos significativos relacionados com o clima e a natureza ao calcularem os seus requisitos de fundos próprios, o que indica que estes riscos são subestimados.

Apenas um terço dos bancos integra estes riscos nos seus planos de capital.

Os bancos subestimam grandemente o risco de inundações, vagas de calor ou incêndios porque não os incluem no cálculo do capital de que necessitam para poderem absorver perdas.

A crise climática está a desenvolver-se mais rapidamente do que se supunha e o seu impacto está a ocorrer a temperaturas mais baixas do que as estimadas anteriormente.

Elderson considera que os bancos europeus estão bem preparados para cumprir os requisitos de planeamento da transição que entram em vigor em 2026.

No final deste ano e em 2026, o BCE iniciará um diálogo informal com as instituições de crédito para debater os progressos, os desafios e as áreas a melhorar.

Em 2027, o BCE efetuará uma avaliação mais formal, acrescentou Elderson.

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