'Abraça um grupo'. Um apoio para a saúde mental à distância de uma app
Startup Hug-a-Group propõe utilizar a tecnologia ao serviço da saúde mental. Ferramenta será lançada no sábado, dia 10 de outubro, data em que se assinala o Dia Mundial da Saúde Mental.
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Economia Saúde mental
Começam por ser sinais, transformam-se em sintomas e mais tarde são diagnosticados como problemas de saúde mental. Ansiedade e depressão são as doenças que melhor conhecemos neste âmbito, mas há muitas mais. Foi com o objetivo de aproximar as pessoas ao apoio e tratamento às doenças mentais que nasceu a Hug-a-Group ('Abraça um grupo', na tradução em português).
O projeto nasceu em setembro de 2019, motivado pelos ataques de pânico e ansiedade generalizada que Pedro Trincão Marques, CEO da Hug-a-Group, tem desde os 15 anos. O pano será, por fim, levantado este sábado, 10 de outubro, Dia Mundial da Saúde Mental.
Trata-se de uma aplicação através da qual "qualquer pessoa pode aceder a grupos de apoio moderados por psicólogos, a um passo de uma vídeo-chamada, sobre os mais variados temas, desde distúrbios alimentares, ansiedade, mindfulness, entre outros", de acordo com um comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
Além dos grupos, o utilizador terá ao seu dispor vídeos e exercícios guiados de auto-ajuda para que possa trabalhar algumas questões de forma individual e "tornar o seu crescimento mais consciente". Há também uma comunidade onde se pode "desabafar, de forma anónima", aumentando o sentimento de "coesão e comunidade". O objetivo é afastar a "sensação de isolamento".
O isolamento é um dos principais problemas - ou até entraves - do apoio à saúde mental. As pessoas não falam sobre o assunto, têm medos e receios por causa de estigmas que foram criados pela sociedade. Porém, a saúde mental é um tema cada vez mais pertinente e estas doenças devem ser encaradas como quaisquer outras: desde a fratura de uma perna ou de um abraço até uma constipação. Há tratamento, há solução.
"Acreditamos que um produto como o nosso pode ter muito impacto na vida das pessoas, ainda para mais em plena pandemia, onde o contacto humano é reduzido. Isso tem-se visto nos testes que temos vindo a fazer, com impactos positivos visíveis logo após três sessões feitas. A ligação de grupo em torno de um problema comum é muito forte", acrescenta Pedro Marques, citado no mesmo comunicado.
O preço de cada sessão começa nos 15 euros, mas a startup vai oferecer um mês gratuito às primeiras 150 pessoas que se registem na plataforma. "Inclui acesso a todo o conteúdo interativo da app e a duas sessões de grupo - o valor poupado é de 30 euros, que equivale à subscrição quinzenal", acrescenta Pedro. O registo pode ser feito aqui.
De acordo com a empresa, que cita dados da DECO, este preço é competitivo, dado o preço de uma sessão de terapia individual é, em média, de 55 euros, o que "fica um pouco acima das possibilidades da maior parte dos cidadãos", motivo pelo qual "muitas pessoas podem optar por ignorar ou colocar as suas necessidades a nível da saúde mental em segundo plano".
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