O presidente da Barraqueiro e acionista privado da TAP, Humberto Pedrosa, renunciou ao cargo na administração da TAP, a par do seu filho David Pedrosa, anunciou a companhia aérea em comunicado enviado à CMVM, esta quinta-feira.
"O Senhor Comendador Humberto Manuel dos Santos Pedrosa e o Senhor David Humberto Canas Pedrosa apresentaram, no dia 30 de setembro de 2020, a sua renúncia aos cargos de administração exercidos na TAP – Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A. (“TAP, SGPS”), na TAP – respetivamente como Presidente e Vogal – e nas demais sociedades do Grupo TAP onde exercem funções de administração", pode ler-se no comunicado.
A justificação está relacionada com "eventuais implicações, em avaliação, nas atividades desenvolvidas pelo Grupo Barraqueiro, da prevista reorganização da participação acionista na TAP, SGPS do Estado Português", segundo o mesmo comunicado.
No entanto, Humberto Pedrosa continuará a "colaborar com a TAP, em concreto no processo de reestruturação, mantendo o Grupo Barraqueiro o seu compromisso com o Grupo TAP enquanto seu acionista de referência", pode ler-se.
No seguimento destas renúncias, foram eleitos José Manuel Rodrigues e Alexandra Reis para as funções de vogal do conselho de administração da TAP. Alexandra Reis ocupará também a função de vogal da Comissão Executiva da TAP.
De recordar que em julho o Governo anunciou que chegou a acordo com os acionistas privados da TAP, ficando com 72,5% do capital da companhia aérea, por 55 milhões de euros, com a aquisição da participação de 22,5% que era de David Neeleman. O empresário Humberto Pedrosa detém 22,5% e os trabalhadores os restantes 5%.
A TAP S.A. registou 582 milhões de euros de prejuízo no primeiro semestre, valor que compara com um resultado líquido negativo de 112 milhões apurado em igual período de 2019, comunicou a companhia aérea à CMVM.