Lucro da Heineken cai 75,8% no 1.º semestre para 227 milhões de euros
A Heineken teve um lucro de 227 milhões de euros no primeiro semestre, menos 75,8% em termos orgânicos, face ao período homólogo, justificado com a queda das vendas durante o confinamento para travar a pandemia de covid-19.
© Heineken
Economia Cerveja
O fabricante de cerveja holandês, dona da Central de Cervejas, anunciou que não vai pagar dividendos intercalares, devido ao comportamento nos primeiros seis meses do ano, que se deveu à queda das vendas devido ao impacto da pandemia de covid-19, refere a multinacional em comunicado.
O presidente executivo da Heineken, Dolf van den Brink, explicou "a primeira metade de 2020 foi definida por desafios sem precedentes", realçando ainda ter "muito orgulho nos colaboradores em todo o mundo", que se "estão a adaptar rapidamente" às novas realidades emergentes.
"O nosso resultado foi desproporcionadamente impactado devido à queda na Europa, bem como às restrições temporárias dos governos às nossas atividades no México e na África do Sul", explicou o gestor, adiantando que foram adotadas "medidas de mitigação", além de ter frisado que a cervejeira intensificou "ainda mais o foco nos custos".
A receita caiu 11,5% na primeira metade deste ano, para 11.156 milhões de euros, face a igual período do ano passado, quando os analistas esperavam uma queda de 13,8%.
O maior impacto foi sentido na Europa, México e África do Sul.
Além de a empresa ter afirmado que não iria pagar dividendo intercalar, assegurou também 3.000 milhões de euros de liquidez adicional através da venda de novas obrigações.
O resultado operacional ajustado, por sua vez, caiu 52,5% no primeiro semestre deste ano, em termos orgânicos, para 827 milhões de euros.
Segundo a Heineken, os itens não recorrentes (excecionais) representaram cerca de 550 milhões de euros em imparidades em ativos tangíveis e intangíveis, levando a um prejuízo de 297 milhões de euros no semestre, usando as normas de contabilidade internacional (IFRS).
O grupo holandês foi bastante penalizado pelo encerramento de bares e restaurantes durante o confinamento em muitos países por causa da pandemia, já que as vendas de cerveja neste canal têm uma rentabilidade maior do que as realizadas nos supermercados.
A Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC) - que detém a Sagres - e a Sociedade da Água de Luso foram adquiridas, em abril de 2008, pela Heineken, grupo cervejeiro líder europeu e uma das maiores empresas do mundo, que passou a deter o controlo a 100% daquelas empresas.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com