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Macau prepara expansão para ilha chinesa com projetos de 46,2 mil milhões

Macau vai expandir-se para a vizinha ilha chinesa de Hengqin e o reforço da aposta nos países lusófonos é um dos 'trunfos', existindo já projetos de investimento tecnológico de 400 mil milhões de patacas, anunciou hoje o Governo.

Macau prepara expansão para ilha chinesa com projetos de 46,2 mil milhões
Notícias ao Minuto

10:32 - 21/04/20 por Lusa

Economia Ho Iat Seng

O chefe do Executivo disse hoje aos deputados na Assembleia Legislativa (AL) que existem projetos de desenvolvimento tecnológico integrado no valor de 400 mil milhões de patacas (46,2 mil milhões de euros) prontos para investir na ilha vizinha, que as autoridades querem transformar num centro de internacionalização, com um importante foco nos negócios com países lusófonos.

Projetos de empresas locais que Ho Iat Seng sublinhou serem essenciais para diversificar a economia e potenciar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Macau, "uma terra pequena" de cerca de 30 quilómetros quadrados que vê nesta expansão, 'apadrinhada' pelo Presidente chinês, Xi Jinping, uma oportunidade para responder à exigência de Pequim de integração nacional e de reforço do seu papel enquanto plataforma comercial entre a China e os países de língua portuguesa.

Atualmente, a Ilha da Montanha, como é também denominada, já acolhe a Universidade de Macau num terreno de um quilómetro quadrado que foi cedido por 40 anos. Noutros 4,5 quilómetros quadrados vão ser instaladas empresas de Macau na ilha que pertence à vizinha cidade de Zhuhai, na província de Guangdong.

As novas Linhas de Ação Governativa apresentadas pelo novo Executivo referem que "serão iniciadas, com a brevidade possível, a conceção e a, subsequente, execução da obra da linha do metro ligeiro de ligação ao posto fronteiriço de Hengqin", sobre o qual Macau tem jurisdição desde 18 de março., fatores importantes para potenciar a novo desafio proposto a Macau.

Na tentativa de atrair empresas para o Parque Industrial de Cooperação Guangdong-Macau, as autoridades do território prometeram benefícios que vão desde a aquisição de terrenos a preços reduzidos, até deduções fiscais, em troca de investimento num espaço que pertence a Zhuhai, mas que terá uma moldura de tributação semelhante à de Macau.

A ideia de desenvolver "indústrias de alta tecnologia passa por estabelecer o corredor de inovação tecnológica" entre as nove cidades chinesas da província de Guangdong, como Shenzen, e a região administrativa especial chinesa de Hong Kong, que, como Macau, integram a Grande Baía, um projeto de Pequim que forma uma região com cerca de 70 milhões de habitantes e um PIB que ronda os 1,3 biliões de dólares (1,2 biliões de euros), maior do que o da Austrália, Indonésia e México, países que integram o G20.

Para o antigo território administrado por Portugal até 1999 esta é também a oportunidade de desenvolver as suas "vantagens como plataforma entre a China e os países de língua portuguesa", sendo que "Hengqin contribuirá para a resolução do problema da falta de espaço e de recursos de Macau", pode ler-se no documento das LAG.

A cooperação marítima, o setor das pescas, o comércio digital, o comércio eletrónico transfronteiriço e a medicina tradicional chinesa são alguns dos exemplos dados pelas autoridades de Macau.

De resto, o Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa é um dos projetos que já está localizado na ilha de Hengqin, uma aposta de Pequim para os mercados internacionais e com um especial enfoque na vertente lusófona, em África e em Portugal, como porta de entrada na Europa.

A estratégia de 'exportação' da Medicina Tradicional Chinesa para o espaço lusófono tem sido marcada por algum sucesso nos países africanos de língua portuguesa, sobretudo na formação de médicos e terapeutas, com Macau a apostar na obtenção de licenças de comercialização de medicamentos e na criação do Centro de Medicina Chinesa de Moçambique.

O Governo do território prometeu "acelerar a construção do projeto Novo Bairro de Macau" em Hengqin, "dotando-o de funções integradas, como cuidados aos idosos, habitação, educação e saúde, a fim de criar" naquela ilha condições favoráveis aos residentes de Macau.

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