Emissão de dívida na África subsaariana cai 15,5% para 55 mil milhões
A emissão de dívida soberana pelos países da África subsaariana deverá cair 15,5% este ano, para 55 mil milhões de dólares, estima a Standard & Poor's, antecipando que Angola se endivide em 11,4 mil milhões de dólares.
© EPA
Economia Standard & Poor's
"A S&P Global Ratings projeta que os 18 países da África Subsaariana que analisamos contraiam empréstimos equivalentes a 55 mil milhões de dólares [48,6 mil milhões de euros, ao câmbio de hoje] de fontes comerciais de longo prazo este ano, o que representa uma diminuição de 15,5% face a 2018", lê-se num relatório sobre a emissão de dívida nesta região de África.
No estudo, enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso, os analistas da S&P lembram que a África do Sul, Angola e Nigéria são as maiores economias africanas e também os maiores emissores, tendo emitido quase 70% da dívida de toda a região.
"A emissão na região deverá manter-se, ainda assim, elevada, apesar da queda de 15,5%, uma vez que 2018 foi um ano recorde para as emissões de dívida em moeda estrangeira, no valor de 17,06 mil milhões de dólares [15 mil milhões de euros], mais do dobro do valor emitido em 2017", lê-se na nota.
Angola, que no ano passado emitiu títulos de dívida soberana em moeda estrangeira no valor de 3,5 mil milhões de dólares [cerca de 3,1 mil milhões de euros], deverá aumentar esse valor este ano para 11,4 mil milhões de dólares [quase nove mil milhões de euros]", escreve a S&P.
"Prevemos que a África do Sul continue a ser o maior emissor em 2019, com 16,4 mil milhões de dólares [14,5 mil milhões de euros], enquanto Angola deverá emitir 11,4 mil milhões de dólares [10 mil milhões de euros] e a Nigéria 9,3 mil milhões de dólares [8,2 mil milhões de euros]", acrescenta o estudo.
No final deste ano, o total da dívida dos 18 países que a S&P analisa "deverá aumentar para 580 mil milhões de dólares [512 mil milhões de euros], dos quais 446 mil milhões de dólares [393 mil milhões de euros] serão dívida comercial", e o restante é concessional, ou seja, a taxas de juro mais baixas que as praticadas pela banca comercial.
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