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Agências de viagens acreditam ter recuperado totalmente da crise em 2018

O setor das agências de viagens deverá no final do ano ter recuperado totalmente do início da crise, estimando o presidente da associação que o representa, a APAVT, que o volume de negócios cresça no global entre 9% a 10%.

Agências de viagens acreditam ter recuperado totalmente da crise em 2018
Notícias ao Minuto

06:57 - 22/11/18 por Lusa

Economia Turismo

"O histórico recente das agências de viagens é um histórico de crescimento. As agências de viagens cresceram nos últimos anos mais do que a economia nacional, cresceram mais do que o setor turístico, cresceram mais do que o transporte aéreo e, este ano, apesar de todas estas novas dificuldades e atmosferas normativas, contamos acabar o ano com um crescimento no lazer de cerca de 10% e no 'corporate' [segmento de viagens de negócios] não estaremos longe dos 8% ou 9%", afirmou o presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) à Lusa.

Sem concretizar o valor global do volume de negócios estimado, Pedro Costa Ferreira diz, no entanto, que só na venda de bilhetes de avião das companhias aéreas regulares o valor estará próximo dos 900 milhões de euros.

"Temos uma estatística importante que é a venda de bilhetes aéreos em companhias aéreas regulares - a que chamamos o BSP - e estamos no acumulado a setembro a crescer 7%, o que é um número francamente atraente para o setor, sobretudo se pensarmos nas extraordinárias dificuldades operacionais que este ano tivemos de gerir junto dos nossos clientes motivados pela quebra de 'performance' da qualidade da TAP", explica Pedro Costa Ferreira.

Assim, "se falarmos só em passagens aéreas regulares estaremos muito próximos dos 900 milhões de euros este ano", acrescenta.

Posto isto, no global - viagens de lazer e 'corporate' - em volume de negócios o presidente da APAVT afirma poder estimar-se um crescimento entre "os 9 e os 10%" em 2018.

"É um número francamente atraente se pensarmos que nos últimos anos temos crescido a taxas muito semelhantes. Diria que atingimos este ano, certamente, os números de 2008 e podemos dizer que recuperámos totalmente do início da crise", destaca.

Para as contas, contribui a entrada em vigor em julho último da nova diretiva de viagens organizadas, mas cuja quantificação do acréscimo de custos o responsável diz não ter, até porque a operação do setor "ficou com custos mais altos", mas também é verdade que, como "em qualquer operação económica", esses custos são repercutidos ao consumidor, assinala.

"Portanto, há um equilíbrio que acaba mais cedo ou mais tarde por atingir-se", sublinha.

"Como sabemos, esta nova diretiva traz responsabilidades acrescidas às agências de viagens e também mais segurança aos consumidores que viajam com as agências de viagens. Havia, naturalmente, algum receio, porque era um quadro legislativo completamente novo do ponto vista das responsabilidades e até dos custos. A grande verdade é que enfrentámos um verão já com este quadro normativo e correu bem", nota Pedro Costa Ferreira.

Segundo o presidente da APAVT, "a normalidade das operações, de facto, foi a regra" e a associação desenvolveu seguros que permitiu às agências colocá-los no mercado e segurarem o novo risco existente.

"Desse ponto de vista, penso que podemos estar todos satisfeitos, a transposição [da diretiva] revelou-se capaz de organizar a nova atmosfera de relacionamento entre clientes e agências de viagens e, sobretudo, os agentes de viagens também revelaram estar à altura das novas responsabilidades", afirma.

O 44.º Congresso Nacional da APAVT começa hoje, em Ponta Delgada, nos Açores, e reúne mais de 600 agentes do setor para debater 'os desafios do crescimento' do Turismo em Portugal.

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