Reino Unido. Libra desliza após demissões no governo britânico
Uma das demissões foi o braço-direito de Theresa May para o Brexit, que justifica a decisão com o facto de não concordar com o regime regulatório proposto para a Irlanda do Norte.
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Economia Mercado
O ministro do Brexit do governo britânico, Dominic Raab, demitiu-se, esta quinta-feira, por não concordar com o regime regulatório proposto para a Irlanda do Norte. Mas não foi o único: ao todo já houve cinco demissões. A reagir a esta decisão, a libra está a desvalorizar contra o euro e contra o dólar, uma vez que torna-se ainda mais incerto perceber se a proposta da primeira-ministra britânica, Theresa May, vai receber 'luz verde' do Parlamento.
Há momentos, a libra deslizava 1,5% contra o dólar, de acordo com o site Investing.com. Já a moeda única subia 1,3% contra a moeda britânica.
Numa carta dirigida a Theresa May, o braço-direito da líder britânica para o Brexit justificou a demissão com o regime regulatório proposto para a Irlanda do Norte, uma vez que considera que representa uma ameaça real à integridade do Reino Unido.
"Hoje, demiti-me do cargo de ministro do Brexit. Não posso em boa consciência apoiar os termos propostos para o nosso acordo com a União Europeia", escreveu Dominic Raab no Twitter, partilhando a carta que enviou à primeira-ministra britânica.
Today, I have resigned as Brexit Secretary. I cannot in good conscience support the terms proposed for our deal with the EU. Here is my letter to the PM explaining my reasons, and my enduring respect for her. pic.twitter.com/tf5CUZnnUz
— Dominic Raab (@DominicRaab) November 15, 2018
E vai mais longe: "Não posso conciliar os termos da proposta de acordo com as promessas que fizemos ao país no nosso manifesto nas últimas eleições. Isto é, no fundo, uma questão de confiança pública", acrescentou.
Esta decisão surge um dia depois de May ter anunciado que o Reino Unido decidiu apoiar o acordo técnico alcançado com Bruxelas, com vista à relação futura entre ambos. O negociador europeu do Brexit, Michel Barnier, classificou este passo como decisivo, mas alertou que ainda há trabalho a fazer.
Já esta quinta-feira, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, anunciou que esse mesmo acordo técnico será assinado no dia 25 de novembro, caso não aconteça "nada de extraordinário" até então.
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