Novo Acordo de Empresa para tripulantes de cabine da TAP "é muito melhor"
O novo acordo de empresa "é muito melhor" para os tripulantes de cabine da TAP e contempla "mais dias de folga e melhores condições de parentalidade", garantiu hoje o presidente executivo (CEO) da companhia aérea.
© Getty Images
Economia Antonoaldo Neves
Em audição parlamentar, Antonoaldo Neves tinha já referido que falta chegar a acordo com um dos 15 sindicatos que representam os trabalhadores da TAP, ou seja o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).
Em resposta aos deputados, o CEO argumentou que a proposta da empresa é "muito melhor para os tripulantes de cabine e qualquer governante vai ficar muito feliz por se dar melhor condições de parentalidade e mais dias de folga".
"Podem perguntar porque o fazemos. É porque tenho um absentismo enorme, por isso é melhor combinar isso antes e, por isso, enfoco muito nesse acordo de empresa para assegurar melhorias de condição de vida", respondeu o responsável ao deputado Helder Amaral, do CDS-PP.
Em novembro de 2017, o SNPVAC questionou, em carta aberta, o primeiro-ministro, António Costa, sobre a denúncia do Acordo de Empresa (AE).
O sindicato questionou o chefe de Governo sobre o desrespeito pelas "proteções laborais garantidas pelo anterior executivo", em 24 de dezembro de 2014, e se aceitará que, ao contrário do que se encontra previsto na Constituição e no Código do Trabalho, "exista discriminação entre trabalhadores, resultado de convicções políticas ou ideológicas".
"Consideramos que as respostas a estas questões colocam um ponto final sobre a posição do Governo quanto à precariedade no trabalho e à contratação coletiva, bem como à paz laboral na TAP", escreve o sindicato independente.
Dias antes, o então presidente executivo da TAP, Fernando Pinto, já tinha comunicado, numa carta enviada aos tripulantes, que o AE em vigor não tinha condições para ser mantido "nos seus termos atuais", justificando que "muitas das suas regras estão desajustadas face à realidade" e "outras são utilizadas de forma abusiva por alguns, com prejuízo de todos".
Já ao deputado do PCP, Bruno Dias, Antonoaldo Neves referiu que "há um sindicato que fez um acordo e agora diz que não fez", referindo que os restantes representantes dos trabalhadores cederam em alguns pontos, face nomeadamente aos aumentos salariais fixados.
O CEO revelou ainda que a TAP deverá receber um simulador próprio no final do ano, mas como tem de recorrer a equipamentos externos está a cobrar 30 mil euros aos pilotos que entram para a formação da companhia.
Na audição, o presidente executivo revelou o "sonho de criar um grande centro de formação" de pilotos, não só da TAP "como do mundo inteiro", em Lisboa.
"Estou a discutir esse projeto", disse o CEO, indicando que a companhia ainda tem falta de pilotos e recordou a anunciada contratação de mais 300 profissionais.
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