Crescimento da África subsariana revisto em ligeira alta para 3,8%
O Fundo Monetário Internacional reviu o crescimento das economias da África Subsariana para 3,8% no próximo ano, devido à aceleração da Nigéria, a maior economia do continente, e manteve a previsão de 3,4% para este ano.
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Economia FMI
"A recuperação na África Subsariana está para durar, apoiada no aumento das matérias-primas, com o crescimento a aumentar de 2,8% em 2017 para 3,4% este ano e 3,8% em 2019, o que significa uma revisão de 0,1 pontos percentuais mais do que o previsto em abril", lê-se na atualização do relatório sobre as Perspetivas Económicas Mundiais.
A atualização, hoje divulgada em Washington, explica que a ligeira melhoria na previsão de crescimento para 2019 nesta região explica-se pela melhoria dos preços do petróleo e pela aceleração da expansão económica da Nigéria, a maior economia do continente e o principal produtor de petróleo africano.
"A recuperação na África Subsariana deve exceder o aumento da população nos próximos anos, permitindo que o rendimento per capita aumente em muitos países, mas apesar da recuperação nos preços das matérias-primas, o crescimento ainda vai ficar aquém dos níveis da subida de preço das matérias-primas nos anos 2000", lê-se no documento, que apresenta apenas atualizações para as principais economias - Nigéria e África do Sul.
Na atualização ao relatório de abril, o diretor do departamento de pesquisa do FMI salientou que o Fundo mantém a previsão de crescimento mundial para este e o próximo ano nos 3,9%, mas alerta que "os riscos de os números se deteriorarem são mais elevados, mesmo a curto prazo", muito por culpa da política comercial norte-americana, apontam.
"Evitar medidas protecionistas e encontrar uma solução de cooperação que promova o crescimento continuado nas trocas de bens e serviços continua a ser essencial para preservar a expansão global", lê-se no relatório, que acrescenta que "as políticas e as reformas devem ter como objetivo sustentar a atividade, aumentar o crescimento de médio prazo e melhorar a inclusão".
No entanto, "com uma reduzida margem e com os riscos a aumentarem, muitos países devem, por isso, construir folgas orçamentais para criarem espaço político para a próxima curva descendente do ciclo e fortalecer a resiliência financeira a um ambiente que pode ser marcado por uma maior volatilidade dos mercados".
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