Governo quer investir na internacionalização da economia do desporto
O secretário de Estado do Desporto e Juventude, Emídio Guerreiro, afirmou hoje em Rio Maior que o Governo quer promover a internacionalização da economia do desporto, incrementando a rentabilização dos 14 centros de alto rendimento desportivo.
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Economia Emídio Guerreiro
"A internacionalização da economia do desporto passa exatamente por termos uma estratégia de conjunto dos 14 centros de alto rendimento, enquadrá-la não apenas do ponto de vista desportivo mas também económico, porque eles podem dar um contributo muito importante para a economia do país e para a criação de valor, riqueza e emprego", afirmou o governante à margem da cerimónia de abertura oficial do estágio internacional organizado pela Federação Internacional de Triatlo.
Emídio Guerreiro explicou que o Governo está atualmente a negociar linhas de apoio à internacionalização da economia do desporto para o próximo quadro comunitário de apoio, de forma a dotar o país de capacidade para organizar eventos internacionais que possam rentabilizar os equipamentos e criar riqueza e negócio.
Estas linhas de apoio estão ainda em fase de negociação com a União Europeia mas o governante garante que haverá um capitulo destinado a este setor.
"Dentro do grande capítulo da competitividade da economia existirá uma linha virada para isto. Os valores vamos ver depois, mas o que eu sei é que atualmente há zero e certamente no meio dos 20 mil milhões que virão para o país ao longo de sete anos, virão uns milhões significativos que permitirão termos uma cadência regular da criação destes eventos", afirmou.
Emídio Guerreiro exemplificou o que se pretende com o recente europeu de sub-16 feminino de basquetebol, que, segundo disse, gerou 5.000 dormidas na zona de Matosinhos, onde a competição se desenrolou.
"Não precisamos ter aqui ambições fazer os Jogos Olímpicos ou um Campeonato Mundial de futebol. É mais fácil fazer provas de sub-17, sub-15 ou sub-16, que trazem milhares de pessoas e dinamizam as economias locais. O que é preciso não é ter um evento grande de dez em dez anos mas criar condições para que haja uma cadência regular desse tipo de eventos", reforçou o secretário de Estado.
Numa crítica ao anterior executivo do PS, o atual secretário de Estado do Desporto e Juventude considera que se fez um esforço exagerado em algumas áreas na criação de infraestruturas e diz que agora o desafio é rentabilizá-las.
"O Governo anterior criou os centros de alto rendimento mas não deixou qualquer modelo de gestão. Criou infraestruturas sem ter uma carta desportiva de forma a otimizar a localização das mesmas mas agora não adianta lamentar nada disto. O que interessa é olhar para aquilo que foi criado e tirar o máximo potencial disso. Se não o fizermos, em vez te termos realizado um investimento positivo teríamos criado aqui um conjunto de elefantes brancos", concluiu Emídio Guerreiro.
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