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Regulação? "Há uma grande distância entre a autonomia e a independência"

Bruno de Carvalho, presidente do Sporting, a par de Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, ou Pedro Proença, presidente da Liga de Futebol, estão esta terça-feira no Parlamento no âmbito de uma audição da Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto de Assuntos Constitucionais. Fique com o essencial das declarações do máximo dirigente verde e branco.

Regulação? "Há uma grande distância entre a autonomia e a independência"
Notícias ao Minuto

11:55 - 03/04/18 por Notícias Ao Minuto

Desporto Bruno de Carvalho

Bruno de Carvalho:

Casos no futebol português: "É engraçado que verifiquei críticas à atuação da comunicação social na intervenção do presidente da AR, do secretário do Estado, da APAF. Acho que nós estamos a confundir o que é intervenção e o que é casos que estão a ser investigados pela Polícia. Acho que não se devia meter tudo no mesmo saco. Devia ter-se em atenção que o fenómeno da violência é muito próprio. Ouvi falar de autonomia várias vezes. Há uma grande distância entre a autonomia e a independência, e a autonomia e a auto-regulação, que tem que ter um limite. Os Governos têm que ter essa noção".

Violência no desporto: "É lógico que a violência é um assunto que nos preocupa a todos, mas, como diz o presidente da Liga, sinto-me um bocadinho aquela ilha deserta de que fala. Mas quero-lhe dizer que… E agora os eruditos usam todos citações de Bernard Shaw… Ele dizia duas coisas engraças, que era ‘Todas as grandes verdades começam como blasfémias’ e ‘Precisamos de algumas pessoas malucas, porque é só verificar onde as pessoas normais nos levaram’. É por isso que gosto de pertencer a uma ilha deserta. Há aqui uma confusão grande entre o que é de facto a violência que aqui foi falada pelo Luciano da APAF, onde se verificou que 75% é na formação, e aquilo que é uma deformação na comunicação daquilo que é o fenómeno desportivo."

Regulação do futebol: "Ouvi falar que há que conciliar os interesses no futebol, e fico feliz de o ouvir. Mas, como cidadão, gostava de ver aqui, nesta casa onde vivi na minha infância, um pacto entre os partidos para chegarmos a coisas tão essenciais como hospitais, escolas… Mas já se quer que isso aconteça nos clubes, os clubes têm que fazer um pacto que a própria política não consegue. Isso sim lesa bastante os bolsos dos portugueses."

Processo próprio: "Ouvi falar de liberdade de expressão. Há uma semana ou duas recebi, do Ministério Público, um não-acompanhamento de uma queixa que fiz porque, de uma forma absolutamente gratuita, como em Braga, fui chamado de drogado. O MP escreveu a seguinte consideração, que julgava que não iria ouvir desde o hematoma sem nódoa negra. Escreveu o seguinte sobre um tal Hugo Gil: ‘Estava no seu direito em termos de liberdade de expressão, no que diverge a diferenças clubísticas’. Parece-me o hematoma sem nódoa negra. Já vi que, para o MP, as pessoas terem divergências clubísticas dá o direito de chamar drogado aos outros. Vamos longe numa sociedade cujo próprio MP não tem completa noção do que é a liberdade de expressão."

Violência comunicacional: "Continuamos todos focados muito mais no acessório do que na causa das coisas. Apesar de que se fale um bocadinho sobre a causa das coisas. Ouvi aqui tantas vezes as intervenções dos responsáveis máximos dos clubes, que, se fosse presidente da Liga, proporia que, durante duas semanas, os presidentes dos clubes não falassem. Gostava de saber se alguma coisa mudava neste país. Mudava zero, porque a comunicação social continuaria com o seu papel de lixo tóxico. É isso que as pessoas teimam em não perceber."

Declarações de Fernando Gomes: "Quando se diz que, na FPF, se tem atuado muito e que se pode verificar o nível de atuação pelas multas que têm sido arrecadadas, penso que não tem validade matemática nem validade substantiva. Isto quis dizer que o dinheiro sai de onde devia estar, que era nos clubes, para ir para onde não devia estar, que era nas entidades que recebem as multas. Não é com o aumento de multas que chegamos a algum lado."

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