Bas Dost é o melhor marcador do Sporting, com 30 golos apontados, esta temporada, em 39 jogos. O holandês é uma peça fundamental na eficácia dos leões e não só. Diz a sabedoria popular que "não há insubstituíveis". No entanto, não é preciso recuar no tempo mais do que três temporadas para perceber que o Sporting tem dependido muito do seu 'homem golo'. Primeiro Islam Slimani e, depois, Bas Dost.

E não é que tenha sido por falta de concorrência. Ou, pelo menos, de candidatos ao lugar. Aliás, nas últimas três temporadas, em nove candidatos ao lugar, apenas dois avançados conseguiram 'colher os louros'. Ora vejamos.

Na temporada 2015/16, a primeira de Jorge Jesus aos comandos, a equipa leonina terminou em segundo lugar, no campeonato nacional, com 88 pontos, com Islam Slimani como a 'estrela da companhia'.

Montero, que tinha chegado ao clube em 2013/14, perdeu espaço e acabou por sair para a China, em janeiro de 2015. O mesmo se passou com Teo Gutiérrez, que acabou por sair no verão de 2016.  

Perante a saída de Fredy Montero, o Sporting apostou na contratação de Hernán Barcos, mas o argentino nunca chegou a impressionar. Após um ano na China, Barcos chegou a Alvalade sem ritmo competitivo e a fatura pagou-se cara: apenas oito jogos de leão ao peito. Não demorou até viajar para outros destinos, com um empréstimo para país natal, para representar o Vélez Sarsfield, no verão de 2016. 

A temporada 2016/17 não foi muito diferente. Depois da saída de Slimani, Bas Dost chegou para o lugar do argelino, agarrando, não só, o lugar no onze titular, como o 'slogan' de artilheiro da equipa. No final do primeiro ano, o holandês já tinha 36 golos marcados em 41 partidas disputadas. 

Contudo, não houve espaço para mais nenhum, tal como se tinha passado no 'legado' do argelino. Jorge Jesus ainda 'repescou' Markovic, com quem já tinha trabalhado no Benfica, mas o sérvio não durou mais do que meia época, com dois golos em 14 encontros. 

Luc Castaignos chegou a Alvalade com a intenção de ser a 'alternativa' a Bas Dost, mas a realidade é que não funcionou. Nem Castaignos - 13 jogos em meia época -, nem André - com três golos em 15 partidas -, nem Campbell - que apesar de mais contar com mais jogos, não atingiu os minutos de utilização nem a preponderância desejada numa temporada. 

Outra das apostas dos leões para a frente de ataque, desde que Jorge Jesus chegou ao clube, foi Alan Ruiz. Apesar de na primeira temporada (2016/17) ter marcado sete golos em 26 jogos, o mesmo não se repetiu na época seguinte. O argentino acabou por ser cedido ao Colón, no último mercado de verão. 

Quem também não passou no 'casting' de Jesus foi Lukas Spalvis. O jovem da Lituânia teve uma chegada 'negra' a Portugal. No verão de 2016, num jogo de preparação, diante do Stade Nyonnais, Spalvis contraiu uma entorse no joelho que o deixou afastado... um ano e meio. Uma situação que agravou a integração na equipa.

Assim que ficou recuperado, Spalvis teve ainda a possibilidade de sair para o Belenenses, a título de empréstimo, mas o negócio acabou por não se concretizar. Este ano, saiu para os alemães do Kaiserslautern, onde já conta com seis tentos apontados em 19 duelos disputados. 

Esta época, o técnico dos verde e brancos conta ainda com Doumbia, que também não tem correspondido como esperado sempre que é chamado a intervir. O costa marfinense não dá garantias e deve deixar Alvalade no final da temporada, a par de Fredy Montero, que regressou em janeiro de 2018 mas tem mostrado algumas dificuldades em 'emparelhar' com a equipa, tendo sido noticiado, durante o fim de semana, que poderá deixar Alvalade.