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“Num Estado judicializado, as pessoas preferem a vingança à justiça"

Rogério Alves, antigo presidente da Assembleia Geral do Sporting, sublinhou vários efeitos negativos dessa "judicialização" que "por vezes impede o acesso à verdade".

“Num Estado judicializado, as pessoas preferem a vingança à justiça"
Notícias ao Minuto

07:12 - 21/03/18 por Notícias Ao Minuto

Desporto Rogério Alves

O antigo presidente da Assembleia Geral do Sporting, Rogério Alves, avisou esta terça-feira para os perigos associados à “judicialização da vida política, social, desportiva”, em que “a resposta deixou de ser política, social, desportiva” e passou a basear-se em múltiplos processos judiciais.

O antigo bastonário da Ordem dos advogados sublinhou vários efeitos negativos dessa “judicialização” que “por vezes impede o acesso à verdade”, nomeadamente a utilização da denúncia como um “método mais ou menos fácil de neutralizar adversários” que são constituídos arguidos.

“No contexto de um Estado judicializado, as pessoas não querem justiça, as pessoas querem vingança”, argumentou o advogado que foi o orador convidado pelo International Club of Portugal .

Nesse sentido, defendeu a importância do princípio de presunção de inocência, para que os tribunais apurem a verdade e nenhum inocente seja condenado injustamente. E criticou a mediatização da Justiça, desde logo as violações do segredo de justiça e os julgamentos na praça pública.

“É no debate público que hoje tudo se decide, através de um julgamento comunicacional que é próprio de um Estado judicializado”, referiu Rogério Alves em declarações reproduzidas pelo jornal Económico. Por outro lado, avisou que “o problema é que os tribunais são permeáveis a esta judicialização”, ou seja, não são imunes à pressão popular em torno de determinados casos mais mediatizados.

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