Sporting sofreu a bom sofrer para apurar-se para os quartos-de-final da Liga Europa. A formação de Alvalade venceu a primeira mão frente ao Viktoria Plzen por 2-0, em casa e, se parecia que o leão tinha a eliminatória na mão, um golo madrugador dos checos relançou a contenda.

O 2-0 chegou mesmo, no segundo tempo, e o jogo foi a prolongamento – não sem antes Bas Dost falhar uma grande penalidade -, e foi preciso um tento de Rodrigo Battaglia no final da primeira parte do prolongamento para fixar o 2-1 final e decidir o destino das equipas. Para a história ficam seis ocasiões flagrantes falhadas pelo Sporting.

Num encontro muito cinzento por parte dos pupilos de Jorge Jesus, o Sporting desde cedo quis impor o seu ritmo de jogo, mas viu-se em desvantagem logo aos seis minutos. A formação da capital portuguesa somou o 14.º jogo consecutivo a sofrer golos fora de casa esta época, o pior registo do clube desde 1946/47.

Pouco futebol se viu, com excepção para uma ocasião flagrante desperdiçada por Bryan Ruiz, perto do descanso. O resultado ao intervalo ajustava-se pela competência ofensiva do Plzen que, apesar de registar somente 45% de posse de bola, somava dois remates, ambos enquadrados. Nesta altura o melhor em campo era Milan Havel, lateral-direito dos checos que além dos dribles eficazes, conseguiu três desarmes e sete duelos ganhos em oito. 

Nem Bas Dost escapou ao 'conflito' checo

No arranque da etapa complementar, apesar da ocasião inicial dos leões, os papéis inverteram-se um pouco. Nos primeiros 15 minutos após o descanso, o Plzen teve mais bola (53%), mas o Sporting rematou mais (cinco vezes, uma enquadrada), e aparentava estar mais perto do empate do que do segundo tento dos checos.

Todavia, foi mesmo o Plzen a marcar, aos 64 minutos. Novamente Bakos a marcar, num remate de primeira, rasteiro, na grande área, após cruzamento de Havel – sim, aquele que foi o melhor na primeira parte. Já perto do fim, pelos 80 minutos, o emblema lus apertou no ataque, porém o acerto defensivo do Plzen continuava a fazer valer as suas regras. Aos 91 minutos, o árbitro assinalou falta de Reznik sobre Bas Dost na grande área e este, na marcação da grande penalidade, permitiu a defesa de Ales Hruska. Na recarga, sem ninguém na baliza, Bruno Fernandes atirou por cima… de forma inacreditável.

Battaglia mudou de posição: da lateral para o médio. E um novo 'galo' cantou

O jogo foi a prolongamento e, aos 98 minutos, Bryan Ruiz respondeu a um fantástico cruzamento de Bruno Fernandes e cabeceou sem oposição para grande intervenção de Hruska, naquela que foi a segunda ocasião flagrante falhada pelo costa-riquenho.

Notava-se que o Plzen já não tinha a mesma frescura física, mas sobretudo mental, para travar o Sporting e, em cima do apito para o intervalo do prolongamento, o Sporting marcou mesmo. Rodrigo Battaglia surgiu de rompante a cabecear, após assistência de Bruno Fernandes, a 13.ª de leão ao peito na sua época de estreia.

O médio argentino sucedeu a Miguel Garcia, o último jogador do Sporting a marcar um golo decisivo no prolongamento. Na altura, os leões garantiam um lugar na final da antiga Taça UEFA, que se realizou em Alvalade. Para lá o Sporting quer caminhar, para a tão desejada final em Lyon. Mas para já o ‘embarque’ ainda só chegou aos ‘quartos’… onde a equipa verde e branca volta a estar seis anos depois.

Viktoria Plzen	VS	Sporting
47	Posse de bola	53
7	Remates à baliza	5
7	Cantos	4
2	Foras de jogo	2
29	Faltas cometidas	19