��Estruturo as minhas equipas a pensar sempre no 11 mais forte. Não é por apresentar um ou outro jogador que não tem sido muito utilizado que não vai ser o 11 mais forte. Antes pelo contrário. Um jogador mais fresco ao nível físico pode ser melhor em relação a algum com mais fadiga. Não temos um plantel muito extenso, mas, em termos qualitativos, todos os jogadores me dão garantias”.

Assim reagia Sérgio Conceição quando, a 20 de dezembro, foi questionado sobre a possibilidade de ‘rodar’ a equipa no encontro com o Rio Ave, para a Taça da Liga.

Uma ideia recorrente desde que o técnico ex-Nantes chegou ao Dragão e que, em todo o plantel, se adequa mais expressamente a um jogador: Sérgio Oliveira. Uma espécie de ‘arma secreta’ que soma apenas seis jogos em 2017/18. Números que, à primeira vista, podem transmitir falta de confiança no médio, mas, se tivermos em conta que foi titular contra Monaco, Sporting, Leipzig, Besiktas e Benfica, a situação muda por completo de figura.

Os minutos não abundam, mas Sérgio Oliveira tem sabido aproveitar ao máximo as oportunidades de que tem gozado. Sérgio Conceição tem feito saber, de forma recorrente, que conta com o jogador – quer publicamente, quer em privado – e, essa utilização deverá, de resto, crescer de forma exponencial dentro em breve.

Uma série infernal

‘Apertado’ será, porventura, um eufemismo no que toca a descrever o calendário que o FC Porto terá pela frente nos próximos dois meses.

Entre hoje, sexta-feira, e 18 de março, contam-se 58 dias, ao cabo dos quais os dragões irão a jogo por, pelo menos, 14 vezes (15, se eliminarem o Sporting e chegarem à final da Taça da Liga). Ou seja, terão um encontro, praticamente, de quatro em quatro dias.

Mas o grau de dificuldade não se prende apenas com o volume de jogos. Neste período de tempo, os azuis e brancos irão defrontar o Sporting por três vezes e o Liverpool por duas. Além disso, têm pelo meio as receções a Sporting de Braga e Rio Ave, uma visita a Chaves e ainda um dérbi da Invicta, com o Boavista, no Dragão.

Uma série verdadeiramente infernal que poderá decidir (muito) do sucesso da época do FC Porto, na qual Sérgio Oliveira deverá aproveitar para dizer ‘presente’.

Sair? Não, obrigado

Fonte próxima do médio de 25 anos admite, ao Desporto ao Minuto, que este gostaria de jogar mais. No entanto, está ciente da competitividade que se vive no plantel do FC Porto, assim como das oportunidades que poderá ter a vir pela frente.

Ao Dragão, já chegaram abordagens para a aquisição de Sérgio Oliveira, mas foram liminarmente rejeitadas pelo próprio. O jogador sente-se feliz, até porque, como o próprio já admitiu, fazer parte do plantel portista é “um sonho tornado realidade”.

E, embora some apenas seis jogos, menos 12 do que aqueles que totalizou em 2015/16, antes de ser cedido ao Nantes, está ciente de que, em termos exibicionais, esta estará a ser, provavelmente, a sua época mais conseguida no clube.