Os três portugueses integram o chamado "registered testing pool" da IAAF, o que os obriga, nomeadamente, a fornecerem elementos sobre a sua localização, já que fazem parte do principal alvo de testes antidoping fora de competições.
O foco prioritário de vigilância da IAAF, fora de competições, incluiu no ano passado 525 atletas, de 68 países diferentes, escolhidos a partir do top-20 de cada especialidade do atletismo.
As estatísticas sobre este tipo de controlo, hoje divulgadas pela IAAF, referem apenas quatro portugueses na listagem de 2012, ou seja, 0,8 por cento do total, pelo que há, para este ano, uma ligeira descida de lusos no grupo alvo.
Em 2012, os países mais vigiados foram as grandes potências globais e as de meio-fundo: Rússia (81 atletas, 15,4 por cento de atletas), Quénia (74 atletas, 14,1 por cento), Etiópia e Estados Unidos (cada um 43 atletas e 8,2 por cento).
Tanto Marco Fortes como João Vieira e Ana Cabecinha já foram efetivamente controlados em 2012, integrando um grupo de 20 atletas lusos que realizaram testes antidoping para a IAAF - um número que se junta aos que foram alvo de controlo pela Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), pela Agência Mundial Antidopagem (AMA) e pelo Comité Olímpico Internacional.
O número de portugueses controlados pela IAAF no ano passado foi substancialmente superior ao dos anos anteriores: em 2009 foram quatro, em 2010 o total subiu para 14 e em 2011 foram nove.
A IAAF atualizou também a listagem de atletas que estão suspensos por doping e onde se incluem quatro portugueses.
Hélder Ornelas, o primeiro sancionado no atletismo por "passaporte biológico" irregular, tem uma pena de quatro anos e não pode competir até 2016. Mais "pesado" foi o castigo de outro fundista, Leão Carvalho, por reincidência com cocaína - 10 anos, até 2018.
O atleta de montanha José Gonçalves está castigado com dois anos, até agosto de 2013, e o lançador de dardo Elias Leal com um ano, também até agosto próximo.
Não são só estes os atletas portugueses suspensos por doping, já que há a acrescentar os castigados a nível nacional, pela FPA e pela ADOP: O lançador António Vital e Silva e os fundistas Rui Teixeira e Marco Morgado cumprem castigo e só poderão voltar no próximo ano, enquanto que os suspensos José Rocha e Eduardo Mbengani, também fundistas, terão de aguardar por 2015.