Meteorologia

  • 11 MAIO 2024
Tempo
15º
MIN 15º MÁX 23º

JJ: Da derrota com 'Galo' às superstições, sem esquecer o copo de vinho

Rui Maside, antigo jogador do Amora FC, partilhou, com o Desporto ao Minuto, algumas histórias de Jorge Jesus nos anos enquanto foi seu treinador, no emblema do concelho do Seixal.

JJ: Da derrota com 'Galo' às superstições, sem esquecer o copo de vinho
Notícias ao Minuto

08:32 - 29/08/17 por Andreia Brites Dias

Desporto Reportagem

O futebol é muito mais do que onze contra onze. É muito mais do que a estratégia montada e o resultado no marcador. O futebol vive de alegria, festejos, sofrimento e lágrimas. O futebol vive de emoções. De estádios cheios e adeptos a apoiar. O futebol é amor à camisola. É muito mais do que o espetáculo dentro das quatro linhas. E é feito de estórias. Estórias da bola. Estórias que merecem ser partilhadas.

Como em qualquer clube, há sempre muito para contar para além daquilo que se vê e o Amora FC não é exceção. Entre as mil e uma histórias que há para contar sobre o emblema da Margem Sul, há algumas que incluem Jorge Jesus.

Na sua primeira experiência enquanto treinador, Jorge Fernando Pinheiro de Jesus mostrou logo que era 'particular'. E há certas curiosidades que já vêm desse tempo. Uma delas é com a pronúncia de alguns nomes. Mais recentemente, todos recordamos o episódio do '88 minutos', num espanhol particular que deu muito que falar nas redes sociais… Rui Maside, antigo jogador do Amora FC, orientado pelo atual técnico dos leões, partilhou algumas delas com o Desporto ao Minuto.

A ‘traição’ das pronúncias à camisa de verão

"Ele tem alguma dificuldade em pronunciar alguns nomes, principalmente estrangeiros, e nós aqui no Amora, nessa equipa, tínhamos grandes jogadores com nomes mais difíceis. Uma vez, numa palestra, o Jesus baralhou os nomes e começou a dizer nomes todos trocados. Enrolava aquilo tudo", começou por contar Maside, entre risos.

"No fim da palestra, ele saiu e aquilo era uma brincadeira, a imitá-lo. Ele punha para ali nomes que nunca tínhamos ouvido. E perguntávamos: "Mas de quem é que ele estava a falar?", era uma brincadeira completa", lembrando-se imediatamente de outro episódio. "E superstições? Ele tinha muitas, não sei se ainda as tem, mas enquanto treinador do Amora tinha... Querem saber? Era com a camisa...", adiantou.

"Ele vestia uma camisa fria no verão e até perder não mudava a camisa. Nos jogos, era sempre aquela. Uma vez estava a chover torrencialmente, ainda não tínhamos perdido e ele com aquela camisinha de verão, fininha…! Passou um bocadinho."

Não é só. Para além das superstições e da 'falta de jeito' para outros idiomas, Jesus também tinha… alcunhas. É verdade. E todos os anos mudavam.

"Oh, as alcunhas eram um mimo da nossa parte, enquanto equipa, para ele. Todos os anos mudavam!", esclareceu o antigo jogador do Amora FC. "Era o carinhas, mãozinhas, era tudo...". "Mãozinhas porque ele tem umas mãos pequeninas e fininhas. Já carinhas… Bem… Ele fazia aquelas caras todas no banco de suplentes, como ainda hoje faz e então, chamávamos-lhe isso", partilhou.

Notícias ao Minuto

É preciso ter ‘Galo’… E (às vezes) copos de vinho

Quando chegou ao Amora, vindo do Almancilense, Jorge Jesus fez um grande trabalho e garantiu a subida, naquele ano. No entanto, o primeiro teste terminou com uma derrota, a única até ao final da temporada.

No campo do Trafaria, Jesus – que chegou a meio da semana ao clube – apresentou-se no banco de suplentes para orientar a equipa que perdeu apenas por 0-1, com um golo apontado por Galo – um jogador sem braço.

"Isso já era um motivo para brincar com ele: “Então tu perdeste com um golo de um jogador chamado Galo?”, brincávamos com tudo", contou Rui Maside, relembrando ainda o episódio do… copo de vinho.

"Uma vez fomos para um jantar, antes de um jogo no Norte e ninguém bebia vinho, porque o Jesus não deixava. Eu estava habituado a beber um copo de vinho tinto à refeição. Nesse dia, os meus companheiros avisaram-me que ele não deixava”, começou por explicar.

“Eu pedi ao empregado, mas como ele sabia que não podia servir vinho, foi perguntar ao Jesus. O mister levantou-se e perguntou porque é que eu queria vinho. Eu disse que estava habituado e ele perguntou: “Mas estás habituado? Ah, então está bem, mas só hoje...” Depois os outros três que também queriam, também beberam, mas só um copinho. Ganhámos esse jogo e eu, na brincadeira, disse-lhe logo: “Se não fosse o copo de vinho, a gente não ganhava”, completou. 

Recomendados para si

;

Acompanhe as transmissões ao vivo da Primeira Liga, Liga Europa e Liga dos Campeões!

Obrigado por ter ativado as notificações do Desporto ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório