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"Se não fosse o caso do túnel teria feito o tetra e o FC Porto o penta"

Técnico português recordou a sua passagem pelo Benfica e FC Porto.

"Se não fosse o caso do túnel teria feito o tetra e o FC Porto o penta"
Notícias ao Minuto

07:50 - 06/07/17 por Notícias Ao Minuto

Desporto Jesualdo Ferreira

Atualmente a orientar o Al-Sadd, Jesualdo Ferreira recordou os quatro anos que esteve a orientar o FC Porto e o campeonato que ficou por ganhar.

"Não era fácil uma pessoa ligada ao Benfica, como as pessoas diziam, poder chegar ao FC Porto e triunfar. Estive quatro anos no FC Porto, ninguém esteve quatro anos seguidos lá até hoje. (…) E ninguém ganhou três campeonatos seguidos no FC Porto. Nem no FC Porto nem no futebol português", começou por dizer, em entrevista ao jornal A Bola.

"Quando ganhei o tricampeonato, o FC Porto renovou comigo por mais dois anos. (…) Tetra? Foi um objetivo que não cumpri, vencer esse campeonato. E estou convencido ainda hoje que se não fosse esse caso [caso do túnel da Luz] teríamos sido campeões. O FC Porto teria feito o penta e eu teria feito o tetra. Esse episódio do túnel foi decisivo", explicou.

O técnico português falou também sobre os anos que passou ao serviço do Benfica, tanto como adjunto como a experiência enquanto treinador principal.

"Entrei em 1979 para treinador de juniores do Benfica, convidado por Mário Wilson, na altura treinador principal. Depois saio em 1981 quando entrou o senhor Fernando Martins para presidente. (...)Voltei em 1987 para o futebol profissional (como adjunto),comecei com Mortimore, que nem começou a época, entrou Skovdahl, fiz parte de uma estrutura profissional e já naquela altura achava que o Benfica e o futebol nacional precisavam de alguma coisa diferente e lancei os projetos das equipas bês", contou.

"Em 1994 ganhámos o campeonato e essa data é fundamental porque é o último ano em que o Benfica vence na década de 90. Só volta a ganhar 11 anos depois, em 2005, com o Trapattoni. Este interregno é a área mais negra da história do Benfica. E é nessa altura que entro com o Luís Filipe Vieira num momento muito difícil para o Benfica. Aí volto numa função mais distinta mas mais tarde fico como treinador principal. Mas é evidente que não havia condições mínimas, nem para mim nem para ninguém… Fica a mágoa de não ter podido fazer mais pelo Benfica como técnico principal, do que aquilo que era permitido na altura ao próprio Benfica", completou.

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