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Reforços deixaram 'leão' doente: Está mais permissivo e rivais gostam

Apesar de se ter reforçado com nomes de peso, o Sporting não está a registar melhores resultados em comparação com 2015/16. A equipa sofre mais e marca o mesmo. Rivais apresentam-se mais predadores e a capitalizar sobre os 'deslizes' do seu rival.

Reforços deixaram 'leão' doente: Está mais permissivo e rivais gostam
Notícias ao Minuto

09:13 - 24/10/16 por Paulo Jorge Rocha

Desporto Análise

Foi um Sporting forte aquele que iniciou a temporada, galvanizado pelos grandes nomes que chegaram no defeso para fazer o leão rugir bem alto. ‘Bem alto’, leia-se, no topo da Liga e com capacidade para pôr cobro à onda de conquistas do Benfica, que sonha com um inédito 'tetra'. 

Apesar de ter tido um arranque auspicioso, com quatro vitórias consecutivas, a derrota em Madrid acabou com um ‘leão’ traumatizado. A consequência foi não conseguir ganhar os jogos imediatamente a seguir a qualquer jornada da Champions. Uma ressaca europeia que volta a deixar a equipa no 3.º lugar e a deixou a cinco pontos das 'águias'.

Este cenário é bem mais cinzento do que aquele que os ‘verde e brancos’ viviam há um ano. Após oito jornadas disputadas, o Sporting era líder, com 20 pontos, mais dois do que o FC Porto (então 2.º classificado) e mais sete do que o Benfica (6.º à data). Todos sabem que os campeonatos se decidem no fim, mas do lado do leão espera-se uma caminhada ‘à Benfica versão 2015/16’ para que o jejum acabe de uma vez por todas: começar mal e acabar bem.

A defesa tem sido um setor que se tem mostrado frágil nos últimos quatro jogos. Permitiu nove tentos aos seus adversários quando nas primeiras quatro apenas havia sofrido um tento. Somando tudo, são já dez os tentos sofridos quando, em 15/16, a equipa havia permitido metade.

O núcleo central – Rúben Semedo e Coates - transitou do ano anterior (onde cumpriram juntos a segunda metade da temporada) e Schelotto e Bruno César foram as apostas mais consistentes nas laterais ao longo desta época, algo que adensa o cenário negro ainda mais e deixa Jorge Jesus com uma grande dor de cabeça por resolver. Para ver uma defesa mais batida seria preciso recuar 12 anos, à temporada 2005/06.

Na capital, os papéis inverteram-se. Na Invicta, fica tudo igual

Se o Sporting se tem mostrado mais permissivo, tem-se assistido, em contrapartida, a uma maior regularidade de Benfica e FC Porto.

Os ‘encarnados’ estão agora na liderança (estavam no 6.º lugar em 2015/16), uma situação contrária à da temporada passada, fruto de sete vitórias e um empate. Sofreram apenas quatro golos, menos três do que no ano passado e contabilizam 19 tentos, mais três do que no ano anterior.

Já o FC Porto mantém a vice-liderança do campeonato, com os mesmos quatro golos sofridos e mais dois marcados (18), uma consequência de seis vitórias, um empate e uma derrota. Em 15/16, não haviam perdido qualquer jogo, mas somavam três empates.

Resumindo, os rivais de Lisboa inverteram os papéis, com o Sporting a tornar-se numa equipa menos segura, enquanto o Benfica se apresenta mais constante, fruto das poucas alterações operadas na equipa durante o defeso.

Os ‘dragões’ apresentam uma diferença de golos maior na corrente época – 14 contra 12  -, mostrando-se regulares, embora tenham sido a equipa que mais alterou o seu ‘onze’ e até a sua forma de jogar.

Numa análise global, os ‘verde e brancos’ parecem não ter sabido acompanhar a mudança de jogadores com a alteração tática.

As saídas de Slimani e João Mário têm-se notado, apesar de ter entrado um nome de peso para a frente de ataque: Bas Dost. Gelson é a grande revelação dos ‘verde e brancos’, mas ainda não tem a capacidade tática do reforço do Inter de Milão.

Jorge Jesus tem um peso pesado na frente de ataque, mas este não se comporta como Slimani no relvado.

Esta alteração nota-se na manobra global da equipa, já que o ‘holandês voador’ é um finalizador nato, mas não um trabalhador/desgastador das defensivas contrárias como era Slimani, que jogava de costas para a baliza, na fase inicial da transição para o ataque, e conseguia aparecer na área para ‘faturar’.

Além disso, João Mário era um jogador que equilibrava a equipa enquanto que Gelson é um desequilibrador das formações adversárias.

O atual líder da I Liga, o Benfica, rejuvenesceu o plantel, enquanto que Sporting e FC Porto envelheceram os seus.

Em 2015/16, as ‘águias’ tinham um grupo com média de idades de 26,3 em oposição aos 23,9 atuais. Já os ‘leões’ tinham uma idade média de 24,4, que se transformou em 26,1. Por último, os ‘dragões’ viram a sua margem aumentar dois pontos, de 23,6 para 25,8.

A idade parece já não ser um posto num campeonato que irá, com certeza, repetir a emoção da temporada passada, sendo discutido a três até ao final. O Benfica tem aproveitado para se colar ao topo, o FC Porto vem em crescendo e o Sporting atravessa, provavelmente, a pior fase da época.

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