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"Estive dois anos no buraco, bati no fundo mas nunca desisti"

Hugo Almeida recorda as "horríveis" experiências nos últimos anos.

"Estive dois anos no buraco, bati no fundo mas nunca desisti"

Hugo Almeida dificilmente sonharia com melhor estreia na Liga grega. O internacional português marcou dois golos – um deles espetacular – em apenas nove minutos, ajudando o AEK a bater o Xanthi por 4-1.

Em entrevista ao jornal A Bola, o avançado de 32 anos diz-se “preparado para jogar mais quatro ou cinco” e aproveita para agradecer ao AEK: “Assinei por dois anos para voltar a ser feliz”.

Até porque, antes de assinar pelo emblema grego recorda duas experiências “horríveis”. A primeira, ao serviço do Anzhi, onde somou quatro golos em quatro jogos.

“Quando assinei foi sob a promessa de vivermos em Moscovo e só irmos ao Daguestão, a cinco horas de avião, jogar. Começou a época e meteram-me a viver em em Makhachkala, numa espécie de lar, com condições reduzidas, durante seis meses. Sem ver amigos, família. Parecia que tinha voltado aos meus 13, 14 anos, no FC Porto. E não foi fácil ver, na cidade, pessoas a serem mortas a tiro ou atropeladas à minha frente e ninguém mexer uma palha. Mexeu comigo, quis sair, claro”, recordou.

Seguiu-se o Hannover, que escolheu com o intuito de “voltar à primeira linha europeia e ter outras condições de segurança pessoal”, mas cedo o cenário começou a enegrecer: “Thomas Schaaf contava comigo, mas a direção despediu-o, e como eu fui para lá indicado por ele, tentaram tudo para me criar condições psicológicas para eu sair”.

“Chegava ao campo para treinar e impediam-me. E ligavam-me a altas horas da madrugada para me apresentar no clube para realizar testes anti-doping! Até me culparam de andar a passar o nosso onze e estratégia aos adversários. Esperei 31 anos para ser acusado de espião”, lamenta.

“Portaram-se muito mal comigo, tiveram um comportamento incorreto. Por isso, digo: estive dois anos no buraco, bati no fundo, mas nunca desisti. Nem desistirei. Tudo o que conquistei foi com suor e sacrifício. Até os golos: olhe, bisei, lesionei-me nas costas, não sei se vou poder defrontar o Viena, sábado, mas estou feliz”, remata.

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