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Ameaças, explosões e jogos combinados. Assim ficou o futebol no Chipre

Reportagem do The Guardian expõe o que, em poucos anos, se tornou o futebol cipriota.

Ameaças, explosões e jogos combinados. Assim ficou o futebol no Chipre
Notícias ao Minuto

19:21 - 07/09/16 por Pedro Filipe Pina

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O desporto com mais adeptos do mundo também é o desporto nacional na pequena ilha do Chipre. Mas o futebol nesta ilha mudou. E para muito pior.

A situação já teria problemas mas a falência do país em 2012 terá agravado o problema.

Uma longa reportagem do The Guardian realça os mais diversos episódios, desde corrupção a explosões em casas de árbitros, passando por resultados de jogos combinados, ameaças de morte a árbitros e até jogadores.

Há jogadores a quem terá sido dito que tinham de manipular o resultado do jogo, para garantir que haveria dinheiro para ordenados. Mas é na arbitragem que está o pior foco.

A vida para os árbitros é de ameaças para muitos, mas também suspeitas de participação em esquemas. As acusações incluem diversos alvos, desde a associação de árbitros local até à federação de futebol cipriota.

Marios Panayi, árbitro internacional, já falou publicamente sobre o caso, expôs conversas sobre jogos, e diz ao jornal britânico que o fez na esperança de que “as autoridades não fechem os olhos”.

A verdade é que o problema subsiste. A própria Federbet, organização não-governamental que se dedica precisamente a alertar e a denunciar casos de jogos combinados. E não são meigos nas palavras.

“Consideramos o Chipre uma das ligas mais ‘sujas’ do mundo. Também consideramos o Chipre uma espécie de ‘escola’ de combinação de jogos, com jogadores a exportar o vírus quando se mudam para outras ligas”, alerta.

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