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Michael Jordan sobre a violência nos EUA: "Não posso ficar em silêncio"

Antiga estrela da NBA doou 1,8 milhões de euros a duas associações, uma que defende os direitos dos polícias e outra que 'olha' pelos dos afro-americanos.

Michael Jordan sobre a violência nos EUA: "Não posso ficar em silêncio"
Notícias ao Minuto

21:34 - 25/07/16 por Paulo Jorge Rocha

Desporto Estados Unidos

Michael Jordan, uma das maiores estrelas do basquetebol norte-americano e figura reconhecida a nível mundial no desporto, decidiu levantar a voz em defesa da não violência, na sequência dos constantes atos de violência entre afro-americanos e a polícia nos EUA.

Agora com 53 anos, o antigo basquetebolista dos Chicago Bulls decidiu doar dois milhões de dólares (cerca de 1,8 milhões de euros) a duas instituições - a Associação Internacional de Chefes de Polícia e o Fundo da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor -, sendo que cada uma delas defende um dos lados do problema.

“Mesmo que eu saiba que essas doações não serão suficientes para resolver os problemas, espero que os recursos possam ajudar ambas as organizações a fazerem uma diferença positiva”, pode ler-se na carta escrita pelo antigo desportista e divulgada pelo The Undefeated.

A mesma teve sempre como imagem de fundo a morte do seu pai, James R. Jordan, na sequência de um “ato de violência sem sentido”.

“Tenho ficado profundamente consternado com a morte de afro-americanos às mãos da aplicação da lei, e zangado pela forma cobarde e odiosa como os oficiais de polícia têm agido. Estou de luto com os famílias que perderam os seus entes queridos, conheço bem a sua dor”, acrescentou 'Air Jordan'.

Michael Jordan recorda também a sua infância e lembrou que o ser humano deve ser tratado com dignidade sem se olhar à sua cor, prometendo não ficar parado.

“Os meus pais ensinaram-me a amar e a respeitar as pessoas independentemente da sua raça e origem e fico triste e frustrado pelo discurso discriminatório e as tensões raciais que parecem estar cada vez piores. Sei que este país é melhor do que isso e não posso mais ficar em silêncio. Temos de encontrar soluções para garantir às pessoas de cor [um] tratamento justo e igual e para garantir também que os oficiais de polícia, que põem todos os dias as suas vidas em risco para nos proteger, sejam respeitados e apoiados”.

“Nas últimas três décadas eu vi de perto a dedicação dos policias, para me protegerem a mim e à minha família, tenho muito respeito por eles. Mas também reconheço que, para muitas pessoas de cor, as experiências com a polícia foram diferentes das minhas. Decidi falar com a esperança de que possamos nos unir como americanos e que, com um diálogo pacífico e educado, consigamos construir mudanças”, lê-se ainda.

Michael Jordan foi uma das grandes estrelas da NBA, sendo aclamado como o melhor de todos os tempos. A sua influência continua social continua a ser uma realidade

O passado marcado pela morte do pai, em 1993, que depois de ter desaparecido durante três semanas, foi encontrado morto num lago na Carolina do Sul, segundo o Los Angeles Times.

Além disso, surgiram novas provas recentemente que levam os advogados de Daniel Green, assassino condenado, a colocar a sentença em causa. Larry Demery terá sido o culpado pela morte de James R. Jordan - que aconteceu durante um assalto - e Green apenas o terá ajudado a 'livrar-se' do corpo, diz o Sportingnews.com.

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