Meteorologia

  • 27 ABRIL 2024
Tempo
12º
MIN 11º MÁX 17º

"O mais fácil depois de ser campeão olímpico era desistir"

Em entrevista à GQ, Nelson Évora revela detalhes importantes relativamente à sua recuperação e ao período em que esteve lhe foram negados acessos a provas.

"O mais fácil depois de ser campeão olímpico era desistir"
Notícias ao Minuto

09:49 - 05/11/15 por Notícias Ao Minuto

Desporto Nélson Évora

Com ouro conquistado nos Mundiais e Jogos Olímpicos de 2008, com a morte do pai anos depois, já após a conquista da prata em 2009, chegou a lesão na tíbia. Em quatro anos foi operado seis vezes, tendo mesmo corrido o risco de amputação.

Em maio de 2014, perdidos patrocínios, apoios, amigos, voltou a correr. Seguiram-se o ouro em Praga e o bronze nos Mundiais de Pequim. Eis o Nélson Évora que ainda não conhece e que revela, em entrevista, desilusão pela forma como foi tratado.

“Senti-me desiludido por tudo aquilo que já tinha dado, por todos os títulos que já tinha ganho. Acho que há sempre que manter o mínimo de respeito por aqueles que conseguem chegar e fazer alguns feitos que tão poucos conseguiram no nosso país. E senti que as pessoas, para além de não acreditarem, começaram a esquecer-se disso”, começa por dizer, lembrando que todos temos momentos bons e maus.

“As pessoas têm os seus momentos, há momentos piores, outros melhores. Eu passei por um momento menos bom, mas tive de ser um pouco surdo e centrar-me em tudo o que era realmente importante para mim”, afiançou, garantindo que não pensou em desistir.

“O mais fácil depois de ter sido campeão olímpico e de tudo o que eu fiz era desistir, mas não quis ir pelo caminho mais fácil”, afirmou, dizendo que para continuar a lutar é preciso “esquecer a história, começar tudo de novo e (…) agarrarmo-nos à paixão pelas coisas que fazemos. Esse é o primeiro passo. É o primeiro e o último. Pelo meio, há todo um processo muito longo”, garantiu.

Por fim, sobre os seus objetivos, Nelson Évora garante que a sua intenção é lutar por um lugar na história, querendo, por isso, passar a marca dos 18 metros no triplo salto.

“O que me faz continuar é querer ficar na história do atletismo internacional, fazendo um salto acima dos 18 metros. Não vou dizer que não penso nisso. Seria fechar com chave de ouro”, concluiu.

Recomendados para si

;

Acompanhe as transmissões ao vivo da Primeira Liga, Liga Europa e Liga dos Campeões!

Obrigado por ter ativado as notificações do Desporto ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório