Matheus Cunha concedeu, este domingo, uma extensa entrevista à estação televisiva britânica Sky Sports, na qual abordou diversos temas, entre eles, o papel desempenhado por Ruben Amorim na transferência para o Manchester United, no presente mercado de transferências de verão, que valeu ao Wolverhampton um encaixe financeiro na ordem dos 74 milhões de euros.
"O Ruben foi alguém que me ajudou muito a vir para cá, explicando-me como seria a minha posição, como poderia acrescentar algo que ele quer... Sinto-me muito adaptado, muito confortável. Ele é uma pessoa que me pressiona sempre a crescer. Adoro ter alguém que me pressione um pouco mais", afirmou.
"Nós nunca discutimos, mas temos como que algumas conversas em que eu digo algo, ele diz 'Não, é desta maneira', e eu percebo e sigo em frente. Ele é uma pessoa que consegue pressionar os jogadores a crescerem, e penso que essa é a melhor qualidade num treinador. Coloca os treinadores nas devidas posições e demonstra as qualidades que cada um tem", acrescentou.
O internacional brasileiro confessou, ainda, que foi a versatilidade que oferece, no ataque, aquilo que mais 'aguçou o apetite' do treinador português: "Foi algo que o Ruben, quando me trouxe para cá, falou muito. Eu penso que a minha posição perfeita é jogando no meio. um pouco entre o meio-campo e o ponta de lança".
"Então, penso em mim como um número 10. É uma posição mais simples de perceber, atrás do ponta de lança, onde consigo criar muito mais espaço. Foi para esta posição que me trouxerem, é num terreno no qual me sinto confortável, e espero que consiga trazer alguma criatividade à equipa", apontou.
O famoso 'mau feitio'
Nesta entrevista, o avançado debruçou-se, ainda, sobre o temperamento complicado que muitos dizem ter, e que, na passada temporada, lhe custou mesmo três jogos de castigo, depois de ter perdido as estribeiras e agredido Milos Kerkez com uma cabeçada, na derrota sofrida perante o Bournemouth, no Vitality Stadium, que custou ao Wolverhampton a eliminação dos oitavos de final da Taça de Inglaterra.
A agressão ao agora lateral-esquerdo do Liverpool valeu ao avançado de 26 anos de idade uma suspensão por três jogos, mas o próprio garante que esta 'fama' não o incomoda: "Sinceramente, não quero saber de nada disso. Penso que toda e qualquer coisa que eu fiz, nesta modalidade, foi por amor à mesma".
"Sou muito apaixonado por vencer jogos, por fazer com que eu e a minha equipa alcancem feitos maiores. Cá dentro, acredito sempre que é preciso alcançar algo mais, e, agora, ao trazer isto para o Manchester United, é algo que me pressiona a crescer. É claro que podemos cometer erros, e eu cometi alguns erros. Lamento, peço desculpa por isso, mas é sempre com uma boa intenção", atirou.
"Eu tento sempre fazer algo de bom, e talvez ultrapasse um pouco os limites. Nunca me coloco numa posição que leve as pessoas a questionarem o meu caráter, porque, cá dentro, eu sei quem sou", completou.
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