Na manhã desta quarta-feira, o projeto da Academia do FC Porto foi apresentada pelos arquitetos, o administrador financeiro do clube Fernando Gomes e Pinto da Costa, o presidente do clube e candidato a novo mandato, na tribuna VIP do Estádio do Dragão. 

Para encerrar a cerimónia, já depois dos arquitetos e de Fernando Gomes ter discursado, Pinto da Costa deixou bastantes críticas implícitas, umas mais que outras, à candidatura de Villas-Boas.

"Obrigado por terem assistido a esta maravilhosa utopia e a este maravilhoso chorrilho de mentiras. Prometi há quatro anos uma Academia e pus como condição que para me poder vir a recandidatar. Havia três condições: que a Academia arrancasse, que passássemos dos oitavos [na Champions] e que saíssemos dos capitais próprios negativos. É um sonho de há muitos anos e uma promessa de há quatro. Não é num mês, nem dois nem seis para fazer isto. Dizem que isto é um trunfo eleitoral. Não, é um trunfo do FC Porto para o futuro. Para cada vez ser melhor na promoção e formação dos nossos jogadores. Quero citar duas pessoas. O Sr. arquiteto Manuel Salgado que se dedicou um projeto para além de profissional, é um projeto de coração. estamos no mais belo estádio de Portugal, que foi obra sua. Foi um prazer, parabéns por aquilo que nos apresentou", começou por dizer Pinto da Costa.

"A segunda referência é ao senhor Gaspar Borges [dirigente da empresa ABB, que vai construir a Academia]. Conheço-o há dezenas de anos. Tive sempre a melhor impressão dele e quando precisamos de alguém que connosco colaborasse, pôs-se à disposição. A sua visão permitiu-nos chegar a bom porto. Perante a ameaça de que a palavra iria ser rasgada, tivemos que por tudo por escrito com toda segurança, para não haver desvios nem atrasos neste projeto. Senhor Gaspar estou-lhe inteiramente grato. Muito obrigado", continuou o histórico presidente. 

Pinto da Costa deixou ainda um agradecimento a Fernando Gomes, administrador da área financeira do FC Porto nos últimos dez anos, que cumpre o último mandato. "Há cerca de um ano, talvez mais, o doutor Fernando Gomes comunicou-me que não podia continuar. Ele prometeu-me que nada sairia cá para fora e teria o mesmo entusiasmo dos últimos 10 anos. Foi o dirigente, nos meus 42 anos, que depois de anunciar a saída mais fez e mais trabalhou pelo FC Porto. Tenho a certeza que ficará sempre ligado a nós, o mais importante é a amizade que nos liga e a lealdade. Será sempre referência e estar-lhe-ei eternamente grato", afirmou.

[Notícia atualizada às 12h17]

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