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Do provedor ao "tufão". Eis quem abraça o projeto de André Villas-Boas

António Tavares e Angelino Ferreira encabeçam a liderança da Mesa da Assembleia Geral (MAG) e do Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) da lista de André Villas-Boas, respetivamente.

Do provedor ao "tufão". Eis quem abraça o projeto de André Villas-Boas
Notícias ao Minuto

07:54 - 26/01/24 por Ricardo Santos Fernandes

Desporto FC Porto

A candidatura de André Villas-Boas à presidência do FC Porto anunciou, na quinta-feira, os nomes de António Tavares e Angelino Ferreira à liderança da Mesa da Assembleia Geral (MAG) e do Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD), respetivamente.

Um dos quais tem um passado já longo e algo conturbado na história azul e branca. Angelino Ferreira foi o responsável pelo pelouro financeiro da SAD do FC Porto, entre 2010 e 2014, saindo em rutura com os principais nomes por não concordar com o rumo que a gestão dos azuis e brancos estava a levar nessa fase. O antigo responsável frisou também, outrora, que não estaria disponível para voltar ao Dragão “com os atuais dirigentes”. 

Angelino Ferreira sempre se moveu nos últimos tempos contra Pinto da Costa e teceu duras críticas pela forma como foi financiado o Museu do FC Porto. "Talvez o que quereria dizer, mas já não se lembra ou não sabe, é que o Museu custou 12 milhões de euros, sendo que o financiamento foi assegurado com seis milhões provenientes do contrato de sponsorship com o BMG e ainda foi preciso encontrar um modelo financeiro para viabilizar a constrição com outro seis milhões", asseverou o antigo responsável financeiro, na Assembleia-Geral que decorreu em dezembro do ano passado, adiantando ainda que foi esgotada a possibilidade de ter um fundo europeu que à data estava disponível.

"Daí ter sido necessário recorrer a um financiamento bancário que o FC Porto, através do seu representante financeiro naquele momento, e sem a companhia de qualquer diretor ou do presidente, conseguiu obter junto do BES. Talvez o tufão a que o presidente aludiu tenha sido tão violento que acabou por varrer a capacidade de erguer coisas novas", realçou.

Pinto da Costa também não deixou Angelino Ferreira sem troco e desenvolveu a história do "tufão". "O senhor doutor Angelino Ferreira está muito preocupado com o futuro do FC Porto, sempre esteve. Eu lembro-me, lembrar-se-á também, embora tenha dito já que não, que quando eu tive a ideia em boa hora de avançar com o Museu, disse-me que isso era um tufão que ia passar pelo FC Porto e eu respondi-lhe que tufão só conhecia aquele da telenovela que estava a decorrer nessa altura". De realçar que Angelino Ferreira foi rendido na administração da SAD azul e branca com o pelouro financeiro por Fernando Gomes em 2014.

Na cerimónia de apresentação desta quinta-feira, o economista de 70 anos, que esteve ligado aos dragões durante duas décadas, de 1994 a 2014, não escondeu a terrível situação financeira em que o clube se encontra.

“Aceitei o convite para servir o FC Porto, como sempre o fiz. Este projeto quer-se inovador, transformador e transparente. O FC Porto atravessa uma grave situação financeira, com um passivo de 516 milhões de euros e 210 milhões de euros de capitais próprios negativos. Todo o património da sociedade é financiado pelos credores. São eles que financiam a Sociedade Anónima Desportiva e essa situação tem de ser revertida", frisou.

Por sua vez ao cargo da presidência da Mesa da Assembleia Geral André Villas-Boas jogou a carta de António Tavares. Com 61 anos de idade, licenciado em Direito e Doutor em Ciência Política, Cidadania e Relações Internacionais pela Universidade Lusófona do Porto, António Tavares é diretor da licenciatura em Ciência Política e Estudos Eleitorais, e auditor de defesa nacional.

Na cerimónia de apresentação, António Tavares explicou os motivos da sua candidatura, bem como na confiança adjacente que mantém no antigo técnico dos azuis e brancos. “A minha presença aqui só se justifica para falar sobre o futuro do FC Porto. O mais importante é continuar a defender o nosso clube daqueles que não querem ou desejam as suas vitórias […]. Só o FC Porto é eterno. Os motivos para eu estar aqui? Pertenço a uma geração que viu o FC Porto ser campeão e que depois sucumbiu a um jejum de 19 anos sem títulos até 1977/78 e que soube ultrapassar esse jejum graças ao saudoso José Maria Pedroto. Sei o que significa a palavra vencer desde 1893. O nosso clube representa ainda mais do que isso. Simboliza uma ideia e uma identidade. O ecletismo do FC Porto significa também uma procura social. Sofro no Dragão ou no Dragão Arena e acompanho a vida do clube atentamente. Interessado sempre na ação do nosso clube".

Entre 1985 e 1991 foi deputado à Assembleia da República, onde integrou as comissões parlamentares de defesa nacional, juventude, economia, finanças e plano, tendo ainda representado Portugal na Assembleia Parlamentar da União da Europa Ocidental.

Tem desempenhado vários cargos de responsabilidade como membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social, presidente da TecParques- Associação Portuguesa de Parques de Ciência e Tecnologia, presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação de Auditores de Defesa Nacional, presidente do Clube Via Norte e membro da Comissão de Revisão do Conceito Estratégico Nacional.

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