Mike Phelan concedeu, esta terça-feira, uma extensa entrevista à estação televisiva britânica Sky Sports, na qual 'abriu o livro' quanto aos motivos que fizeram com que a segunda passagem de Cristiano Ronaldo pelo Manchester United não tivesse corrido como esperado.
O treinador de 60 anos trabalhou enquanto adjunto de Ole Gunnar Solskjaer e Ralf Rangnick, em Old Trafford, e revelou que o internacional português regressou a Old Trafford "muito mais velho, opinativo e obstinado", mas também com "padrões incrivelmente altos", o que acabou por não conjugar com o resto do plantel.
"Já tinha estado no Manchester United, tinha estado sempre presente por Portugal, tinha estado no Real Madrid... Eu gostava, porque ele não queria que os padrões reduzissem, queria que os padrões de outras pessoas se elevassem", começou por afirmar.
"Por vezes, quando isso acontece, perdes algumas pessoas pelo caminho. Lembro-me de algumas vezes em que ele se esforçava cada vez mais e não teve grande reação ou resposta. E havia frustração. Quando lidas com pessoas de topo, o que importa é onde podem chegar", prosseguiu.
"Querem olhar para trás e dizer 'Wow, tive sucesso'. E, provavelmente, apercebeu-se - e não sei, porque nunca tive essa conversa com ele - que não o poderia fazer no Manchester United. Por isso, os desafios foram para outro lado", completou.
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