Num comunicado publicado no seu site oficial, o Alto Comissariado para a Imigração explica que tomou conhecimento da denúncia de Nelson Évora, de um “alegado caso de discriminação racial”, através “das redes sociais e dos media”.
Assim, e “considerando a ilicitude da recusa no acesso a um serviço com base na origem racial de um cliente ou grupo de clientes”, aquela instituição refere que “mandou instaurar um processo de contraordenação”.
Segundo a mesma nota, o crime de discriminação racial é punido pela lei 18/2014, e se vier a ser provado que Nelson Évora foi vítima de discriminação por parte do estabelecimento noturno de diversão, o mesmo poderá ser punido com uma coima entre duas e dez vezes o valor mais elevado do salário mínimo nacional.
A polémica estalou na segunda-feira à noite quando o atleta publicou um texto na sua página oficial do Facebook: “Éramos um grupo de 16 pessoas com mesas pré-reservadas e não é que somos surpreendidos pelos responsáveis daquele espaço público. Porquê? Demasiados pretos no grupo".
Por seu lado, o presidente do conselho de administração do grupo K negou que tenha havido qualquer ato racista para com atletas, referindo que o porteiro da discoteca não permitiu que o grupo entrasse porque "havia uma ou duas pessoas que estavam desenquadradas em termos do ambiente que é normal no Urban Beach", ou seja, não corresponderiam ao 'dress code' exigido.
A versão do atleta foi, contudo, confirmada por Francis Obikwelu.