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Conceição tem maioria absoluta, com três títulos em cinco anos

O FC Porto reassumiu em 2021/22 o comando do futebol português, ao somar o terceiro título nos últimos cinco anos, numa maioria absoluta coincidente com o período em que é orientado pelo treinador português Sérgio Conceição.

Conceição tem maioria absoluta, com três títulos em cinco anos
Notícias ao Minuto

07:22 - 16/05/22 por Lusa

Desporto I Liga

Conceição, de 47 anos, já tinha sido tricampeão como jogador, em 1996/97, 1997/98 e 2003/04, e agora repete o feito como treinador, ao lograr na presente temporada, com indiscutível cunho pessoal, o que já havia conseguido em 2017/18 e 2019/20.

A aposta na formação, na fornada vencedora da UEFA Youth League de 2018/19, e ter conseguido fazer com que não se sentisse a falta de Luis Díaz, vendido em janeiro ao Liverpool depois de 14 golos e muito futebol, foram determinantes no sucesso portista.

Na prática, a prevalência do coletivo, que, para Sérgio Conceição, sempre foi inegociável, o mais importante, num FC Porto que é, cada vez mais, a 'cara' do seu técnico: é preciso dar tudo para vencer - use-se a o que se tiver de usar, fique a imagem que ficar -, porque, no 'fim do dia', vencer é tudo.

A forma com 'deixou cair' a Liga Europa, depois do falhanço na 'Champions', numa época europeia com míseros dois triunfos em 10 jogos, também foi importante, sendo que ainda deu para conseguir um lugar na final da Taça de Portugal.

O mais importante, porém, foi o título nacional, o terceiro em cinco anos de Sérgio Conceição, que, em 2017/18, e depois de passagens por Olhanense, Académica, Sporting de Braga, Vitória de Guimarães e Nantes, foi aposta de Pinto da Costa para evitar o 'penta' do Benfica, campeão de 2013/14 a 2016/17.

Numa altura em que estava mergulhado numa grave crise financeira, o FC Porto não pôde fazer grandes contratações, sendo obrigado a apostar nos jogadores que tinha emprestado para enfrentar o tetracampeão, e a época foi um sucesso.

Aproveitando também algum demérito do Benfica, os 'azuis e brancos' lograram mesmo chegar ao título - cinco anos depois da vitória sem derrotas do conjunto comandado por Vítor Pereira, no campeonato 'Kelvin' -, ao superarem os 'encarnados' por sete pontos (88 contra 81).

O triunfo conseguido na Luz, por 1-0, com um golo do mexicano Herrera, no último minuto, à 30.ª jornada, numa altura em que a equipa de Rui Vitória liderava a prova, foi determinante no título conquistado pelos 'dragões'.

Marega (Vitória de Guimarães), Aboubakar (Besiktas), Ricardo (Nice) ou Sérgio Oliveira (Nantes) vieram, após empréstimos, para ser determinantes, e impedir que o Benfica igualasse o inédito 'penta' portista (1994/95 a 1998/99).

Depois de uma entrada em 'grande', devolvendo à equipa a garra e a fome de vitórias, sempre como o foco principal no campeonato, Conceição parecia lançado para conseguir o 'bis' em 2018/19, quando ganhou sete pontos sobre um Benfica em crise, que acabou por despedir Rui Vitória e apostar em Bruno Lage.

O cetro parecia entregue em janeiro, mas os 'encarnados' realizaram uma segunda volta quase perfeita e somaram o quinto cetro, em seis anos, com um impressionante futebol de ataque, a render incríveis 103 golos.

O 'jogo do título' disputou-se entre FC Porto e Benfica, desta vez à 24.ª ronda, no Dragão, onde os 'encarnados' triunfaram por 2-1, numa reviravolta assinada por João Félix e Rafa, e ultrapassaram os 'dragões', que já não conseguiram responder.

A época seguinte (2019/20) foi o oposto, com o Benfica a arrancar de forma sensacional, mas, depois, a cair a pique, numa edição marcada pela pandemia da covid-19, que encerrou a prova quase três meses, devolvendo-o, depois, à 'porta fechada'.

O FC Porto aproveitou a 'desistência' dos 'encarnados' e arrebatou o cetro, cinco pontos à maior, depois de ter estado a sete e corrido o risco, à 20.ª, de ficar a 10, o que poderia ter sido o 'fim' de Sérgio Conceição, que, pouco antes, ameaçara sair com queixas de falta de união no clube.

O triunfo por 3-2 na receção ao Benfica, em 08 de fevereiro, replicando a vitória na Luz (2-0, à quarta ronda), no único dos primeiros 19 jogos que as 'águias' não ganharam, foi o ponto de viragem do campeonato.

Na época passada, sem público nos estádios, o FC Porto voltou a falhar o 'bis', desta vez por culpa do Sporting, que esteve irrepreensível sob o comando de Rúben Amorim, num trajeto só com uma derrota (4-3 na Luz), quando já era campeão.

Mais uma vez, Sérgio Conceição não falhou o 'top 2', acabando a cinco pontos dos 'leões', face aos quais não perdeu (2-2 em Alvalade e 0-0 no Dragão). Foram decisivas as duas derrotas, únicas na prova, sofridas nas primeiras seis rondas.

Na presente temporada, o FC Porto seguiu a par do Sporting até janeiro, mas, então, os 'leões' comprometeram, com duas derrotas em três jornadas, e o 'onze' portista ganhou 'folga', que, abdicando de quase tudo o resto, soube gerir até final.

A derrota em Braga, depois de 58 jogos sem perder no campeonato, já aconteceu numa fase em que só se procurava saber quando é que seria a festa dos 'dragões'. Foi na Luz, com um triunfo por 1-0, selado por Zaidu, nos descontos do jogo da 33.ª jornada.

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