Ponto final na série negativa do Sporting. Depois de duas derrotas contra os rivais Benfica e FC Porto, os verde e brancos colocaram para trás das costas os tempos sombrios e venceram, na noite desta segunda-feira, na deslocação a casa do Boavista, por 3-0, na 31.ª jornada da I Liga.

Uma vitória competente e tranquila dos comandados de Rúben Amorim e que renova a esperança das hostes leoninas na revalidação do título de campeão nacional, algo que parecia quase uma miragem depois do desaire em casa frente ao Benfica na ronda anterior.

Os golos de Matheus Nunes, aos 37 minutos, um autogolo de Abascal, aos 58', e do brasileiro Tabata, de penálti, aos 83', capitalizaram a derrota do FC Porto em casa do Sporting de Braga e reduziram a distância dos lisboetas para o primeiro lugar que agora se fixa em seis pontos para o líder.

Mas não foi só o sonho da reconquista que se reacendeu. A chave que garante o acesso direto à fase de grupos da Liga dos Campeões na próxima época ficou quase assegurada. O nulo do Benfica na Luz diante do Famalicão permitiu que o Sporting ficasse a apenas um ponto de colocar as mãos no pote dos milhões de euros que vem da prova milionária.

Mas vamos às notas deste encontro:

Figura:

Matheus Nunes foi a figura mais influente nesta vitória do Sporting no Bessa, uma ideia reforçada por Rúben Amorim na conferência de imprensa após este jogo. Mesmo não tendo sido exuberante, foi dos jogadores que mais vezes recuperou a bola em zonas adiantadas e apareceu bem a desbloquear o jogo a favor dos campeões nacionais. Acabou substituído no arranque da segunda parte, muito por culpa da falta de frescura física.

Surpresa:

Marcus Edwards está cada vez mais alinhado e conhecedor das ideias de Rúben Amorim. Lançado na titularidade perante as ausências de Paulinho e Slimani, o extremo inglês respondeu à aposta do técnico verde e branco com vários pormenores de qualidade. Foi o autor do cruzamento que acabou em autogolo de Abascal.

Desilusão:

Rodrigo Abascal foi, sem sombra de dúvidas, a figura que menos se destacou neste encontro. Para além de ter feito um autogolo, que resultou no 0-2 para os leões, o uruguaio fez uma falta desnecessária que permitiu a Bruno Tabata fechar a contagem no Bessa.

Os treinadores:

Petit:

O Boavista já se mostrou mais agressivo em jogos anteriores e nesta receção ao Sporting faltou alguma da alma que os boavisteiros já demonstraram noutras ocasiões. A equipa até começou bem o encontro, colocando em sentido os leões, mas o golo de Matheus Nunes deitou por terra a estratégia de Petit. Numa primeira fase, os axadrezados estiveram muito certinhos na hora de defender, mas o Sporting conseguiu contornar esse posicionamento das panteras. Por outro lado, faltou uma melhor decisão na hora de finalizar.

Rúben Amorim:

Depois de um período inicial em que discutiram o jogo com o Boavista, os leões galvanizaram-se com o golo de Matheus Nunes e não mais tiveram dificuldades para controlar as incidências da partida. Sem serem exuberantes como noutros jogos, os verde e brancos mostraram competência para sair com os três pontos no bolso perante uma equipa que já criou muitas dificuldades aos outros dois grandes esta temporada.

Arbitragem

Nota positiva para o trabalho realizado pelo árbitro Manuel Mota, sem influencia no resultado final. Esteve bem ao recorrer ao seu assistente para assinalar a grande penalidade a favor do Sporting.

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