Rui Costa, presidente do Benfica, reconheceu este sábado que a época que o clube da Luz está a realizar é abaixo das expectativas, dizendo ainda que entende a frustração dos adeptos encarnados.
Em declarações na cerimónia de entrega dos anéis de platina e os emblemas de ouro e prata pelos 75, 50 e 25 anos de associativismo, o líder do clube da Luz pediu união em torno da equipa principal das águias.
"Sou o primeiro a assumir a responsabilidade de não estarmos onde gostaríamos de estar. Porque a exigência mínima no Benfica é vencer, gostaria que hoje pudéssemos viver este momento em circunstâncias desportivas diferentes. Mas sou também o primeiro a reconhecer que esta época está aquém daquilo que ambicionámos. Percebo a vossa frustração porque ela não é diferente da minha", começou por dizer Rui Costa.
"Antes de ser presidente, diretor ou jogador profissional, já vivia o nosso clube da mesma forma que vocês vivem: com intensidade, amor e uma vontade enorme de vencer sempre. Porque são esses os sentimentos que o Benfica desperta em nós. Convoco aqui as sábias palavras do nosso antigo presidente Maurício Vieira de Brito: 'Quanto mais querem atingir o Benfica, mais honradamente benfiquista me sinto", acrescentou.
"Estive desde o início consciente de que esta temporada representaria um desafio enorme. Tudo apontava para aí. Aquilo por que passámos, e continuamos a passar, não antecipava tempos fáceis. E a realidade veio a prová-lo. Passados vinte anos, o Benfica mudou de liderança. E, naturalmente, essa mudança traz consigo a necessidade de algo que num clube como o nosso nem sempre é fácil se pedir e de se ter: tempo. Tempo para reorganizar o clube à imagem da nova liderança, tempo para implementar ideias diferentes, tempo para alcançar a estabilidade que ambicionamos. E é natural que assim aconteça. Seja no Benfica, seja em qualquer outra grande organização que passe por um processo semelhante", prosseguiu.
Rui Costa deixou ainda uma mensagem sobre a guerra na Ucrânia.
"Uma última nota para o momento triste que vivemos por estes dias, com um conflito armado na Europa. Quero expressar a minha solidariedade em nome do Sport Lisboa e Benfica ao povo ucraniano. O desporto pode e deve ser um sinal de união entre os povos. Aqui, no Benfica, sabemos bem o quanto isso é possível e o quanto pode representar. Aqui, atletas de nacionalidade ucraniana e russa envergam ao peito o mesmo símbolo e comungam dos mesmos valores: união, amizade, solidariedade e fraternidade. Comungam daquilo que eles, como nós, sem exceção, ambicionamos para todos os povos e territórios: paz", finalizou.
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