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Sporting responde a Cabrita: "Declarações de extrema gravidade"

Leões reagem em comunicado às acusações feitas por Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna.

Sporting responde a Cabrita: "Declarações de extrema gravidade"
Notícias ao Minuto

20:56 - 16/07/21 por Notícias ao Minuto

Desporto Comunicado

O Sporting considera extremamente graves as declarações proferidas, esta sexta-feira, pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que destacou a "ausência de cooperação por parte do Sporting às solicitações feitas pela Inspeção Geral da Administração Interna", na sequência do inquérito relativo à intervenção da PSP nas celebrações do título. Em extenso comunicado, os leões lamentam "o profundo desconhecimento que o ministro revela dos factos sucedidos". 

"O Sporting Clube de Portugal considera que as declarações assumidas hoje pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, relativamente às comemorações do 23.º título de Campeão Nacional de Futebol, no passado mês de Maio, são de extrema gravidade (...) Que não exista nenhuma dúvida, o plano executado na celebração do título, foi resultado de uma proposta discutida, aceite e planeada por todas as partes, sendo que inclusive a proposta original não surge por parte do Sporting CP", esclarece a direção do Sporting, que acusa, posteriormente, Eduardo Cabrita de faltar à verdade. 

"Reforçamos que o Sporting CP participou nas reuniões de forma colaborativa. Não é o Sporting CP que impõe regras à DGS, PSP, Ministério da Administração de Interna ou ao Governo. É por isso também lamentável que o ministro Eduardo Cabrita afirme que o Sporting CP não respondeu a qualquer pedido de esclarecimento feito pela IGAI. É lamentável e não corresponde à verdade", pode ler-se no comunicado dos leões.

O Sporting explica, ainda, que "recebeu um ofício do IGAI a 21 de Maio, sem indicação de prazo de resposta e que a referida resposta "data de 9 de Julho", ao mesmo tempo que revela que o diretor de segurança do clube e o oficial de ligação aos adeptos prestaram declarações formais às autoridades.

A finalizar, os leões garantem estar "na posse de toda a informação e testemunhas" e dizem não aceitar que "a falta de conhecimento possa sobrepor-se à verdade dos factos".

Leia o comunicado na íntegra

"O Sporting Clube de Portugal considera que as declarações assumidas hoje pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, relativamente às comemorações do 23.º título de Campeão Nacional de Futebol, no passado mês de Maio, são de extrema gravidade. Não concebendo o Sporting Clube de Portugal qualquer possibilidade alternativa de tentativa de desvio de atenção ou responsabilidade sobre este, ou qualquer outro, tema da actualidade, é lamentável o profundo desconhecimento que o ministro revela dos factos sucedidos que resultaram na transmissão à esfera publica de informações que, em nada, correspondem ao realmente sucedido.

Que não exista nenhuma dúvida, o plano executado na celebração do título, foi resultado de uma proposta discutida, aceite e planeada por todas as partes, sendo que inclusive a proposta original não surge por parte do Sporting CP.

Esclarece assim o Sporting CP, em defesa da veracidade dos factos, e de todas as instituições envolvidas o seguinte:

1.       Atempadamente e de forma proactiva o Sporting CP contactou numa primeira fase o Ministério da Saúde. Logo depois, por sugestão do primeiro, o Ministério da Administração Interna. Durante três semanas, o Sporting CP tentou sensibilizar o governo para a eventualidade da conquista e consequente comemoração espontânea popular.

2.       Assim que foi possível por parte do Ministério da Administração da Interna, o Sporting CP prontificou-se a estar presente em reunião com as autoridades competentes. Em reunião presencial no Ministério da Administração, onde estiveram os chefes de gabinete do próprio ministro da Administração Interna, do secretário de estado adjunto da Administração Interna, da ministra da Saúde, representantes do COMETLIS/PSP, da DN/PSP, da DGS e da CML, foi desenhado, em plena colaboração e acordo entre todas as partes, o plano executado.

3.        Foram abordados vários cenários com as autoridades. Destes a possibilidade de comemoração exclusivamente do interior do estádio foi debatida em reunião no MAI a 07 de Maio e nenhuma das entidades acabou por aceitar a sugestão. Desde logo porque a mesma à data era contrária à posição e indicações, quer governamentais quer das autoridades sanitárias, relativamente à presença de público nas bancadas e ao estrito cumprimento das obrigações inerentes em vigor. E também porque foi considerada que ela oferecia condições de segurança, das pessoas envolvidas e da capacidade de controle, de maior dificuldade e com risco de provocação de desordem.

4.       Acresce que esta opção foi ainda descartada por dois motivos adicionais, e bem racionais e lógicos. O primeiro resultante do facto de que, sabida a dimensão da massa associativa do Clube e o contexto específico da conquista, a celebração jamais se concentraria em apenas um local da cidade. Ao que acumulava o conhecimento comum da inevitável preferência de local de deslocação dos adeptos ao Marquês de Pombal, local reconhecido publicamente e historicamente como referência das celebrações Leoninas. Facto aliás mencionado pelas próprias autoridades policiais presentes.

Segundo, porque o objectivo final constituía num esforço de dispersar a multidão e não a concentrar num único lugar.

5.       Os presentes na reunião concordaram que a presença de público no estádio não era uma solução para a questão de fundo. Por isso, importa também relembrar que no final dessa mesma reunião de 3 horas e meia, e dado o impasse verificado quanto à autorização ou não de festejos oficiais no exterior, o Sporting CP reforçou a todos os presentes que o Clube iniciou as diligências no sentido de receber indicações sobre possíveis festejos três semanas antes daquela data. E relembramos que foi apenas ao início da tarde de sábado (dia 08 de Maio), que o Sporting CP recebeu autorização “oficiosa” do MAI para preparação dos festejos, ou seja, do cortejo dos autocarros com os jogadores, iniciando-se aí os contactos entre o Sporting CP, a PSP e a CML para a operacionalização dos mesmos.

6.       Em virtude de tudo o referido anteriormente é proposto por outra entidade, que não o Sporting CP, a alternativa de criar um circuito pela cidade que fosse de encontro a este propósito, e não ao da concentração. Circuito que foi unanimemente aceite por todos os envolvidos.

7.       Esclarece ainda o Sporting CP que a iniciativa de realização de manifestação junto ao estádio do Sporting CP não teve qualquer participação do Clube, a qualquer nível.

8.       Reforçamos que o Sporting CP participou nas reuniões de forma colaborativa. Não é o Sporting CP que impõe regras à DGS, PSP, Ministério da Administração de Interna ou ao Governo. É por isso também lamentável que o ministro Eduardo Cabrita afirme que o Sporting CP não respondeu a qualquer pedido de esclarecimento feito pela IGAI. É lamentável e não corresponde à verdade.

9.       O Sporting CP recebeu um ofício do IGAI a 21 de Maio, sem indicação de prazo de resposta. A resposta do Sporting CP a este ofício data de 9 de Julho. No dia 1 de Junho de 2021, o IGAI contactou o Oficial de Ligação aos Adeptos (OLA) do Sporting CP. No dia 14 de Junho, o IGAI insistiu por uma resposta e a mesma foi enviada nesse dia por parte do nosso OLA.

10.   No dia 17 de Junho o Director de Segurança do Sporting CP prestou declarações durante 2 horas perante 3 inspetores, após convocatória do MAI no âmbito do dito inquérito.

11.   O relatório da IGAI deu entrada no MAI no dia 12 de Julho, que era a data apontada na própria comunicação social, para o encerramento do inquérito, não fazendo nota destas respostas do Clube. Ou seja, não só o Sporting CP prestou informação directamente, como o fez através do seu Director de Segurança e do seu OLA.

O Sporting CP está na posse de toda a informação e testemunhas que podem atestar cabalmente o supra referido, não aceitando de forma alguma que, mesmo não existindo intenção, a falta de conhecimento possa sobrepor-se à verdade dos factos, muito menos tendo em conta a responsabilidade inerente ao cargo de quem as profere, e em quem todos os cidadãos portugueses depositam a maior confiança e rigor."

[Notícia atualizada às 21h14]

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