O estádio de Alvalade foi, este sábado, palco de uma demonstração de força das camadas de formação do Sporting, de onde saíram os ‘meninos’ que construíram o triunfo sobre o Vitória SC, por 1-0, num dos mais aguardados jogos da 24.ª jornada da I Liga.

O único golo foi marcado por Gonçalo Inácio, a passe de João Palhinha. Pelo meio, houve uma dupla de luxo no meio-campo, formada por João Mário e Daniel Bragança, e a estreia de Dário Essugo, que, aos 16 anos, se tornou no mais jovem de sempre a jogar pela equipa principal.

Mas vamos por partes, até porque foi de duas partes bem distintas que a partida se formou. Na primeira, os leões somaram diversas oportunidades de golo, com especial destaque para o ‘tiro’ de Pedro Gonçalves à barra e para o golo anulado a Tiago Tomás.

Os minhotos, por sua vez, assinaram uma resposta curta do ponto de vista temporal, mas bem significativa no plano prático, até porque conseguiram atirar à barra por duas vezes… no espaço de apenas um minuto.

O golo que desequilibrou a balança acabaria por surgir num dos últimos lances antes do apito para o intervalo. Gonçalo Inácio cabeceou para o fundo das redes, tendo Tiago Martins começado por anular o lance por fora de jogo, decisão que reverteu após consultar o VAR.

Já no segundo tempo, a história foi bem diferente. Os vimaranenses partiram em busca, pelo menos, do empate, e conseguiram dividir o jogo, mas, com exceção de um falhanço de Óscar Estupiñán, pouco fizeram para incomodar Antonio Adán.

O Sporting parte, assim, para a pausa para compromissos internacionais na liderança isolada da I Liga, com 64 pontos, mais dez do que o segundo classificado, o FC Porto, que bateu o Portimonense, por 2-1. Já o Vitória SC, é sexto classificado, com 35 pontos.

Figura

Chamada à seleção principal, ‘vitória’ no Tribunal Arbitral do Desporto (TAD)… A vida corre bem a João Palhinha, e isso transparece dentro das quatro linhas. O jogador pareceu, uma vez mais, um autêntico ‘polvo’, ‘limpando’ por completo o meio-campo com uma confiança notável. Como se não bastasse, ainda assistiu, de cabeça, para o golo de Gonçalo Inácio, que abriu caminho para a vitória.

Surpresa

Rúben Amorim não poupou nos elogios tecidos a Daniel Bragança na conferência de imprensa de antevisão à partida, e o jovem médio fez por corresponder em pleno à confiança nele depositada. Foi um dos principais responsáveis pela fluidez do jogo atacante do Sporting, e impressionou, sobretudo, pela facilidade com que saiu de zonas de maior ‘aperto’.

Desilusão

Rúben Lameiras não está habituado a jogar do lado esquerdo da defesa, e isso notou-se bem, tamanhas as dificuldades que denotou em Alvalade. Raras vezes se conseguiu coordenar com os companheiros do setor mais recuado, e foi muito por ali que o Sporting foi conseguindo criar perigo, graças aos constantes avanços de Pedro Porro.

Treinadores

Rúben Amorim: Surpreendeu ao apostar na titularidade de Daniel Bragança, que se revelou ‘na mouche’. Uma grande exibição do Sporting, particularmente, na primeira parte, que serviu para deixar bem claro que os desempenhos mais ‘sofríveis’ dos últimos jogos não são suficientes para abalar a confiança do líder.

João Henriques: Optou por um esquema de três centrais na tentativa de encaixar no modelo do Sporting, mas a verdade é que a equipa pouco dificultou a vida ao adversário. O Vitória SC deu muito espaço para os leões fazerem uso das ‘armas’, e pouco fez do ponto de vista ofensivo, com exceção de dois bons minutos no primeiro tempo, nos quais atirou duas bolas ao ferro.

Árbitro

Uma boa arbitragem de Tiago Martins, daquelas que fazem falta ao futebol português O juiz lisboeta procurou sempre deixar jogar, ajudando, também ele, ao desenrolar de um bom jogo de futebol. As imagens não deixam dúvidas de que o golo de Tiago Tomás aos 26 minutos foi bem anulado, assim como que o de Gonçalo Inácio foi bem validado, ambos com ajuda do VAR.

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