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Desporto perdeu de goleada para a morte. As 7 maiores 'derrotas' de 2020

2020 será reconhecido mundialmente como o ano da Covid-19. No entanto, também será lembrado como o ano em que grandes figuras do desporto nos deram, de forma inesperada, o último adeus.

Desporto perdeu de goleada para a morte. As 7 maiores 'derrotas' de 2020
Notícias ao Minuto

08:02 - 31/12/20 por Ricardo Santos Fernandes

Desporto Análise

Fernando Pessoa escreveu um dia que "a morte chega cedo, pois breve é toda a vida". Todavia, num 2020 tão marcado pela palavra Covid-19, o óbito de quem menos esperávamos bateu demasiadas vezes à porta, e o desporto foi cruelmente castigado com a despedida de quem menos prevíamos. 

Apenas 12 dias de janeiro estavam decorridos e os portugueses acordaram todos de sobressalto.

O piloto Paulo Gonçalves morreu no Dakar 2020, aos 40 anos, na Arábia Saudita, na sequência de um acidente ao quilómetro 276 da sétima etapa,  entre RiadeWadi-al Dawasir.

Era a 13.ª vez que "Speedy" Gonçalves participava no Dakar, competição em que chegou a ficar em 2.º lugar. No currículo tem vários títulos mundiais e nacionais, mas foi o episódio que relatamos a seguir que tornou o piloto português num dos maiores heróis do Dakar.

No Dakar de 2016, que decorreu na América do Sul, Paulo Gonçalves viu um motociclista a tombar e parou de imediato para o ajudar. Indiferente à competição permaneceu no local até chegarem as equipas médicas. Na altura, recusou ser visto como um herói, mesmo depois de a organização ter ajustado a sua pontuação, devolvendo-lhe os 11 minutos que perdera, e de em Portugal ter sido premiado pela sua atitude. “Não sou um herói, sou um ser humano com respeito pelos outros”, escreveu na altura. 

Notícias ao MinutoPaulo Gonçalves ao lado do cunhado, Joaquim Rodrigues© Reprodução Joaquim Rodrigues Facebook

O ano de 2020 começou e Portugal já chorava a morte de um herói (desculpa, Paulo Gonçalves, mas assim te queremos recordar), para poucos dias depois o mundo ficar em estado de choque com o adeus a Kobe Bryant. 

Um dos maiores basquetebolistas de sempre morreu na manhã de 26 de janeiro, aos 41 anos, em Calabasas, no estado da Califórnia, num desastre de helicóptero. Gianna, de 13 anos, uma das quatro filhas do antigo jogador, também estava a bordo da aeronave. 

"Serei sempre aquele rapaz, a fazer lançamentos imaginários que decidiam jogos no Great Western Forum (antiga casa dos LA Lakers), com meias enroladas, o caixote de lixo a um canto, o cronómetro a marcar 5 segundos e a bola nas mãos: 5... 4... 3... 2... 1. Sempre hei de amar-te". Estas palavras foram retiradas carta de despedida de Kobe Bryant quando anunciou o adeus ao basquetebol, aos 37 anos. 

Uma das figuras míticas dos LA Lakers, Kobe Bryant conseguiu superar o número de pontos de Michael Jordan a 14 de dezembro de 2014, tornando-se o terceiro melhor marcador, estatuto que só perdeu uma semana antes da sua morte, para um tal de... LeBron James.

Notícias ao MinutoAlguns destroços da avioneta em que se encontrava Kobe Bryant© REUTERS/Danny Moloshok

Podemos riscar o dia 25 de novembro do calendário?

A tarde dessa quarta-feira, 25 de novembro, começou com a notícia da morte de Reinaldo Teles, braço direito de Pinto da Costa no FC Porto. O histórico dirigente azul e branco foi uma das vítimas da Covid-19, perdendo a vida no Hospital de São João, aos 70 anos.

Ligado aos dragões desde 1967, o antigo pugilista dos dragões conheceu Pinto da Costa quando ainda chefiava a secção de boxe. Foi na modalidade que o consagrou que entrou no dirigismo a convite do líder dos azuis e brancos. Nos últimos dias da sua vida, desempenhava o cargo de administrador não executivo da SAD.

Também, neste dia, o planeta chorou a morte de Diego Armando Maradona que, na sequência de uma paragem cardiorrespiratória perdeu a vida na casa onde residia, na zona de Tigre, a norte de Buenos Aires.

Campeão do Mundial de 1986 no México, futebolista nos Argentinos Juniors, Boca, Barcelona e Napoli, e eterno herói da seleção das pampas, El Pibe morreu aos 60 anos e ainda com o sonho de regressar ao cargo de treinador do Gimnasia y Esgrima La Plata.

No total, Maradona disputou 679 partidas, marcou 345 golos e conquistou 12 títulos como jogador. Ao serviço do seu país, contabilizou 91 jogos, comemorou 34 golos e foi campeão mundial no México em 1986 e vice-campeão em Itália quatro anos volvidos. Palavras para quê? Não só vamos recordar a 'mão de Deus', mas, acima de tudo, um génio que, inúmeras vezes, mesclou futebol e arte dentro das quatro linhas. 

Notícias ao Minuto[Milhares de adeptos choraram no último adeus a Maradona em Buenos Aires]© Getty Images

'Descida infernal' no dia em que perdemos... o 'rei das subidas'

Ainda a digerirmos a morte de Reinaldo Teles e Maradona, bastaram três dias para que o desporto voltasse a chorar a perda de mais um nome com tanta história feita. 

A 28 de novembro, Vítor Oliveira sentiu-se mal durante uma caminhada, em Matosinhos, despedindo-se assim aos 67 anos. Era conhecido no futebol português como o rei das subidas de divisão, feito que conseguiu por 11 ocasiões ao longo da carreira. Atualmente, estava sem clube depois de na época passada ter orientado o Gil Vicente no regresso da formação de Barcelos à I Liga.

Notícias ao MinutoA bonita homenagem, em grafite, feita nas imediações do estádio do Leixões a Vítor Oliveira© Reprodução

'Ma que porca miseria'

Também tu, Paolo Rossi? Dezembro não foi mais suave do que novembro e, a 10 deste mês, a 'bota transalpina' perdeu um pouco do seu encanto. O ex-futebolista Paolo Rossi, herói da vitória italiana no Mundial de 1982, morreu, aos 64 anos, vítima de doença incurável.

Pablito” foi internacional pelo seu país por 48 ocasiões e marcou 20 golos, seis dos quais no Campeonato do Mundo disputado em Espanha, onde acabou como melhor goleador.

Tornou-se numa lenda a 5 de Julho de 1982, dia em que, no Estádio Sarrià, em Barcelona, conseguiu um hat-trick face a uma fantástica selecção brasileira, derrotando-a por 3-2 e eliminando-a da prova.

O mundo ainda fazia a digestão da morte de Paolo Rossi, para apenas quatro dias depois Inglaterra despertar com o último adeus de Gérard Houllier, que tinha sido recentemente submetido a uma intervenção cirúrgica à aorta.

O antigo seleccionador francês morreu aos 73 anos. Além de orientar o seu país e o Paris Saint-GermainHoullier também trabalhou em Inglaterra, tendo treinado o Aston Villa e o Liverpool, pelo qual conquistou dois títulos europeus: a Taça UEFA e a Supertaça, ambos em 2001.

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