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"A sensação é que existe um treinador que manda em Luís Filipe Vieira"

Fizemos as contas ao que o clube da Luz já gastou neste mercado e analisámos as despesas que já rondam os 56 milhões de euros e, ao que tudo indica, ainda vão crescer mais. António Simões, antiga glória do Benfica, analisou connosco o investimento que está a ser feito na equipa principal e acredita que o grande objetivo é melhorar as performances internacionais dos encarnados.

"A sensação é que existe um treinador que manda em Luís Filipe Vieira"
Notícias ao Minuto

07:29 - 02/09/20 por Ruben Valente

Desporto António Simões

Jorge Jesus chegou ao Benfica e rapidamente vimos uma forte aposta no mercado de transferências. O treinador das águias já garantiu que espera mais reforços do que aqueles que já chegaram à Luz - Hélton Leite, Pedrinho, Everton, Waldschmidt e Vertonghen -, ou seja, as despesas deverão aumentar.

Até à data, o clube da Luz investiu cerca de 56 milhões de euros, segundo os dados disponibilizados pelo site especializado Transfermarkt.

Everton Cebolinha foi o reforço mais caro até ao momento - custou 20 milhões de euros -, mas as águias podem não se ficar por aqui.

Darwin Nuñez, pelo que tem sido noticiado, pode estar perto de chegar à Luz e fala-se num negócio a rondar os 24 milhões de euros, o que quebraria o recorde da contratação mais cara do Benfica.

O jovem avançado uruguaio do Almería pode ultrapassar Raul Jiménez (22 milhões de euros) e tornar-se, assim, no reforço mais caro da história do clube encarnado. Além disso, as despesas em contratações subiriam para uns surpreendentes... 80 milhões.

Em declarações exclusivas ao Desporto ao Minuto, António Simões, antiga glória do Benfica, analisou o investimento que está a ser feito na equipa principal.

"Estamos a falar de números, mas também do futuro. O tempo é que vai dizer se o investimento será rentabilizado. Obviamente as competições internacionais obrigam o clube a ter de ter algum sucesso e aí tem de haver investimento de qualidade para o Benfica internacionalmente aparecer. Seguramente é mais no contexto europeu que o Benfica está a investir", começou por dizer.

"Há certos benfiquistas descontentes com o nível internacional do Benfica. Acho que o primeiro pensamento deve ser o nacional, mas temos de melhorar internacionalmente porque os últimos anos têm sido muito fracos", acrescentou.

É então que entra o fator... Liga dos Campeões. Tendo em conta que ainda não foi realizado nenhum encaixe com saídas de jogadores, espera-se que até ao final do mercado de transferências possam haver novidades nesse sentido, de forma a equilibrar contas. No entanto, o grande encaixe que a SAD do Benfica espera alcançar prende-se com os milhões provindos do apuramento para a fase de grupos da Liga Champions. E e se a equipa de Jorge Jesus ficar pelo caminho? Será este um cenário que a direção encarnada tem em mente?

"Domingos Soares de Oliveira disse que era o ano do desinvestimento, mas tornou-se o contrário. Num período de Covid, onde o mercado não está muito forte, o Benfica mostra-se disponível para investir. Há aqui uma contradição… Mas, como é óbvio, a obrigatoriedade de voltar a ganhar e sendo este um ano de eleições, as coisas mudaram e vê-se perfeitamente que há disponibilidade para investir. Se o Benfica não se apurar para a Liga dos Campeões é uma grande contrariedade", sublinhou António Simões, que acredita que a entrada de Jesus no Benfica veio mudar todo um paradigma.

"Não tenho duvidas nenhumas que o Seixal deixou de ter tanta importância. Jesus quer jogadores feitos. A ideia é ter uma equipa experiente, competitiva e a dar respostas em todas competições. Será o Jesus a dizer como é, isso está à vista. A sensação que nós temos é que neste momento existe um treinador que manda no presidente e no CEO do clube, mas é algo que já se sabia, e que não é novidade para quem conhece a personalidade de Jesus", referiu ainda a lenda do Benfica, que somou durante a sua carreira 447 jogos de águia ao peito.

De recordar que a entrada na fase de grupos da Champions vale ao Benfica 42,95 milhões de euros, um encaixe chorudo que ajuda sempre nas finanças de uma temporada. Além disso, cada vitória nessa fase traduz-se num encaixe de 2,7 milhões e cada empate em 900 mil euros.

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