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Conselho de Disciplina abre inquérito à polémica entre Benfica e Aves

Em causa estará uma reportagem divulgada pelo jornal Público no passado fim de semana.

Conselho de Disciplina abre inquérito à polémica entre Benfica e Aves
Notícias ao Minuto

22:17 - 09/06/20 por Notícias Ao Minuto

Desporto Justiça

O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol abriu, esta terça-feira, um processo de inquérito "com base em notícias na comunicação social". Em causa estará, segundo a imprensa desportiva, a reportagem do passado fim de semana do jornal Público onde são reveladas as ligações polémicas entre Benfica e Desportivo das Aves, e já esclarecidas por Luís Filipe Vieira.

O processo, assinado pelo presidente José Manuel Meirim, foi enviado à Comissão de Instrutores da Liga, permanecendo em segredo de justiça até ao final do inquérito.

"Instaurado processo de inquérito, por deliberação da Secção Profissional do Conselho deDisciplina, de hoje, com base em noticias na comunicação social. O processo foi enviado, hoje, à Comissão de Instrutores da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, mantendo-se em segredo até ao fim do inquérito", pode ler-se no documento assinado pelo presidente do CD da FPF, e citado pelo jornal Record.

Uma investigação publicada no sábado pelo jornal Público denuncia "acordos secretos" e "à margem da lei" entre Benfica e Desportivo das Aves para a troca de atletas, assentes em "negócios duvidosos, contratos com adendas leoninas e relações de subalternidade", acentuados desde a compra de 90% da SAD nortenha pela empresa Galaxy Believers.

Os dois clubes primodivisionários abriram uma "conta corrente oficiosa" e o Aves chegou a dever "dois milhões de euros em direitos económicos de passes de jogadores", numa dívida que estará agora nos 786.500 euros, enquanto os 'encarnados' cediam atletas sem "custos aparentes", mas com "contratos lesivos" para a formação de Santo Tirso.

Numa segunda parte da investigação, o jornal Público afirma que Luís Duque, antigo presidente da Liga de clubes e ex-conselheiro do então administrador avense Luiz Andrade, terá ordenado a destruição de registos contabilísticos da SAD no final da época 2016/17, que consumou o regresso dos nortenhos ao principal escalão nacional.

De acordo com uma auditoria independente às contas da sociedade em 2017/18, o advogado terá ainda recebido na sua conta uma transferência não justificada de 40 mil euros dos avenses, além de ter efetuado com Luiz Andrade depósitos em numerário de 225 mil euros na tesouraria da SAD, entre agosto e dezembro de 2017.

Luís Duque admitiu ter recebido essa verba, justificando-a como o um reembolso de um montante idêntico que diz ter caucionado por cheque à SAD avense para a contratação do defesa Nélson Lenho, ao Desportivo de Chaves, mas negou os depósitos no Aves, enquanto o empresário brasileiro frisou não se recordar das entregas em dinheiro vivo.

Constituída em agosto de 2015, com 70% do capital na posse da Galaxy Believers, a SAD do Desportivo das Aves foi dirigida por Luiz Andrade até junho de 2018, antes de passar para as mãos do chinês Wei Zhao, que já era acionista maioritário do grupo de investidores, a par do compatriota Hongmin Wang, e ficou com 90% das ações.

Os restantes 10% são detidos pelo clube, que conhecerá o sucessor de Armando Silva em 27 de junho, numas eleições que terão pela primeira vez duas candidaturas, encabeçadas por António Freitas e Joaquim Neves, numa altura em que os nortenhos estão na última posição da I Liga, com 13 pontos em 25 jornadas, nove abaixo da zona de salvação.

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