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"Estivemos expostos até ao limite, só pararam quando era insustentável"

Internacional uruguaio do Inter relembra que foram tomadas poucas precauções em Itália.

"Estivemos expostos até ao limite, só pararam quando era insustentável"
Notícias ao Minuto

19:31 - 28/03/20 por Notícias Ao Minuto

Desporto Diego Godín

Diego Godín, antigo craque do Atlético Madrid, agora a representar a Inter, mostrou-se muito desagradado com a forma como a crise causada pelo novo coronavírus foi gerida em Itália.

Lembrando que 'empurraram' os jogadores para o campo até à situação estar no limite, o internacional uruguaio diz mesmo que foi o caso positivo de Rugani que fez travar as intenções das autoridades transpalpinas de continuar a jogar.

"Estivemos exposto até ao último momento, continuavam a atirar-nos a corda para ver se era possível continuar a jogar, até que a situação se tornou insustentável", começou por comentar em declarações à ESPN.

"O sistema de saúde colapsou, não há camas nos cuidados intensivos para atender tantos doentes em estado crítico e as pessoas que têm outras doenças. Não conseguem ajudá-los. Não há espaço nem há médicos", atirou o ex-Atlético.

"Continuámos a jogar durante várias semanas, continuámos a treinar, a jogar à porta fechada, até que se detetou o positivo de um jogador da Juventus e meteram-nos todos em quarentena. Aí parou o campeonato. Seguramente nesse jogo haveria outros jogadores contagiados, por isso puseram-nos a todos de quarentena", contou.

"Cá não se deu muita importância [ao vírus] no início, pensou-se que era um problema da China e que não ia chegar a outros países. Foram-se tomando medidas pouco a pouco, muito lentamente, foram-nos avisando, mas ao nível do governo não se tomaram medidas drástica para prevenir o que estava para vir", opiniou, deixando, por fim um elogio aos médicos que diz serem "heróis". 

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