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O segredo esteve no banco: As notas do Benfica-V. Setúbal

Encarnados somaram um triunfo difícil no estádio da Luz frente à equipa sadina. Uma vitória pela margem mínima que esteve longe de encantar e que só foi resolvida com a entrada de Carlos Vinícius em jogo.

O segredo esteve no banco: As notas do Benfica-V. Setúbal
Notícias ao Minuto

08:15 - 29/09/19 por Ruben Valente

Desporto I Liga

Bruno Lage desfez a dupla atacante que até aqui tinha vindo a ser a sua predileta. Raul de Tomas ficou no banco (e não saiu de lá), saltando Gedson Fernandes para a frente de ataque, fazendo companhia a Seferovic.

Resultados práticos? Nenhuns. O segredo do triunfo sobre o V. Setúbal, este sábado, não esteve nesta mudança, mas sim no banco de suplentes. Carlos Vinícius recuperou de lesão, foi chamado a jogo, e precisou apenas de quatro minutos para ser letal. O camisola 95 das águias à primeira oportunidade faturou e quebrou um nulo que até ali o Benfica estava com dificuldades em quebrar.

A inspiração ofensiva não estava nos níveis ideais e a ‘teia’ montada por Sandro Mendes estava a surtir efeito. O V. Setúbal defendeu com linhas baixas, compactas, deixando os seus três homens da frente sempre atentos ao contra-ataque. Até certa altura a estratégia funcionou, mas o golo de Vinícius acabou por deitar abaixo a fórmula sadina.

No final, o Vitória FC ainda tentou surpreender e procurou o empate nos últimos minutos, embalado pela expulsão de Taarabt, aos 80 minutos, que complicou a vida do Benfica. Ainda assim, os pupilos de Bruno Lage seguraram os três importantes na luta pelo título.

Figura do jogo: Sem grande margem para dúvidas, seria injusto não atribuir esta distinção ao homem que definiu o jogo. Carlos Vinícius debelou a lesão, foi chamado a jogo e mostrou a sua veia finalizadora à primeira oportunidade. O avançado brasileiro mostrou a Lage que tem ali um homem-golo à disposição. Afinal de contas são dois golos em apenas 69 minutos em campo. O melhor rácio de minutos/golos, comparando com os restantes avançados do Benfica, Seferovic e Raul de Tomas.

Desilusão: É caso para perguntar… Onde andas, Pizzi? Um dos jogadores mais influentes do Benfica não tem estado inspirado nos últimos jogos e este foi mais um a somar a esses encontros menos bem conseguidos. O 21 das águias não está na sua melhor forma e, seja à direita ou à esquerda, não está a conseguir fazer a diferença. E isso nota-se na forma de jogar do Benfica. Quando Pizzi não aparece, o Benfica ressente-se.

Surpresa: É uma surpresa que chega a não ser. Adel Taarabt foi quem mais se destacou pelo critério no passe, pela decisão quase sempre acertada, e pela batuta que já teima em segurar. Se Pizzi anda com exibições mais ‘cinzentas’, já o marroquino assume-se a cada jogo que passa como a figura mais preponderante no meio-campo encarnado. Nem mesmo a entrada de Gabriel deixou ofuscada a exibição de Taarabt, que acabou por ser expulso num lance de critério apertado do árbitro. Saiu do relvado da Luz muito aplaudido pelos adeptos.

Bruno Lage: Desfez a dupla atacante RDT-Seferovic. Apostou em Gedson, talvez com o objetivo de ter maior velocidade e profundidade no ataque, mas não se pode dizer que a coisa lhe tenha corrido bem. Mexeu bem e a prova está no golo de Carlos Vinícius. No entanto, no início da época disse que queria uma equipa a jogar à imagem do Benfica da última época, mas a verdade é que o nível de jogo, neste momento, está muito longe disso.

Sandro Mendes: A estratégia adotada foi, sem estranheza, uma equipa balançada para a defesa. Duas linhas juntas, um bloc

o baixo e uma aposta clara em tentar fazer estragos com apenas três homens. O treinador do Vitória de Setúbal não quis a equipa descompensada e privilegiou sempre a defesa em detrimento do ataque, talvez por isso tivesse acabado por ir para intervalo sem qualquer remate. Porém, a estratégia funcionou durante largos minutos e o nulo só foi quebrado num lance que Carlos Vinícius decidiu resolver. Nos últimos instantes, os sadinos, que já jogavam contra 10 elementos, mostraram garra e lutaram por um ponto até ao apito final.

Árbitro: Tiago Martins teve alguns lances difíceis para ajuizar. Primeiro, Rafa caiu na área sadina no final da primeira parte e pediu-se penálti. Tiago Martins deixou seguir e seguiu o critério de que tinha sido carga de ombro. No segundo tempo expulsou Taarabt, depois de uma entrada imprudente do marroquino. Defendeu-se, uma vez que recorreu ao VAR, mas o critério é discutível, até porque momentos antes mostrou um amarelo depois de uma entrada dura de Mansilla.

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