"Pessoalmente, gostaria de ver os Jogos Olímpicos de volta a Itália. Devemos ter uma ambição forte. É uma meta alcançável", declarou Enrico Letta no decorrer de uma reunião no Comité Olímpico Italiano (Coni), sem citar o nome de qualquer cidade do país.
Uma eventual candidatura de Roma sofreu um forte revés por razões económicas e, no princípio de outubro, o Coni descartou formalmente a hipótese de a cidade se apresentar conjuntamente com Milão.
"De acordo com a Carta Olímpica, isso (candidatura conjunta) não é possível. A Carta não prevê a possibilidade de tal cenário", precisou o presidente do Coni, Giovanni Malago.
Quanto a Milão, capital económica de Itália e a principal cidade da Lombardia, "continua a ser uma possível candidata", admitiu o presidente daquela região, Roberto Maroni, antes de uma reunião com responsáveis políticos e do Coni.
"Roma está à beira da falência (...), uma cidade assolada por tais problemas não se pode apresentar" à organização dos Jogos de verão, insistiu o presidente do Coni.
Giovanni Malago manifestou a sua satisfação após a intervenção do presidente do conselho italiano: "Nós podemos lutar verdadeiramente por isso, estou convencido que é o sonho da maioria dos italianos (...) e enviará um sinal forte para as gerações futuras".
O Jogos Olímpicos de verão realizaram-se uma única vez em Itália, precisamente em Roma, em 1960.
A "cidade eterna" teve já de abandonar a candidatura à organização do evento de 2020 na sequência dos seus problemas económicos.