Nuno Saraiva, diretor de comunicação do Sporting na era Bruno de Carvalho, informou, através de uma publicação no Facebook, que sofreu um enfarte.
"Foi, sem dúvida, e perdoem-me o plebismo, o maior 'cagaço' da minha vida. A máquina decidiu fazer-me um aviso sério", referiu Nuno Saraiva, agradecendo de seguida a "nova oportunidade" que lhe foi dada.
O antigo diretor de comunicação do emblema leonino fez ainda um agradecimento especial aos médicos que o acompanharam na unidade hospitalar, asseverando que vai mudar alguns dos seus hábitos daqui para a frente.
Os cigarros, mais que muitos e companheiros de tantas estórias, já os deitei para o caixote do lixo da minha história. Os nervos estúpidos e os stresses desnecessários vão deixar de fazer parte do meu portfólio. A calanzice sedentária vai ser substituída pelo exercício reguerado. Em suma, é tempo de ganhar juízo", complementou Nuno Saraiva.
Confira abaixo a publicação na íntegra:
"Vida nova!
Foi, sem dúvida, e perdoem-me o plebeismo, o maior "cagaço" da minha vida. A máquina decidiu fazer-me um aviso sério. Acredito, com todas as minhas forças, que me foi dada uma nova oportunidade. Vai daí, faço questão de a não desperdiçar.
Os cigarros, mais que muitos e companheiros de tantas estórias, já os deitei para o caixote do lixo da minha história. Os nervos estúpidos e os stresses desnecessários vão deixar de fazer parte do meu portfólio. A calanzice sedentária vai ser substituída pelo exercício reguerado.
Em suma, é tempo de ganhar juízo.Dito isto, é tempo de ser grato. Desde logo ao Hospital Lusíadas Lisboa e a todos os médicos, enfermeiros, auxiliares e demais profissionais com quem tive o privilégio de me cruzar nos mais diversos serviços. Foram/são de uma competência, de um profissionalismo, de uma dedicação e de um cuidado exemplares e inexcediveis. Devo-lhes, sem dúvida, a minha vida. Dir-se-á "não fizeram mais do que a sua obrigação".
Talvez seja verdade, é essa a finalidade e a interpretação literal do Juramento de Hipócrates. Mas, a verdade, é que, por norma, somos impiedosos a crucificar os negligentes e raramente valorizamos os profissionais de excelência. A conclusão a que chego após esta minha experiência, eu que sou defensor acérrimo do SNS, é que todos os hospitais deviam ser assim como os Lusíadas. E está provado que tanto custa fazer bem como fazer mal. E a verdade é que os profissionais de saúde serão tanto mais eficientes e felizes quanto melhores forem as condições de trabalho que tiverem à sua disposição.
Estou grato à minha incansável, extraordinária e apaixonante mulher que nunca me deixou cair na descrença, que esteve todos os minutos e cada um ao meu lado, que me fez sentir inesgotavelmente amado, que foi e é a minha grande cuidadora; ao meu filho por também nesta provação me ensinar tantas coisas e por me inspirar sempre; à minha sogra por me tratar como a um filho; à minha mãe por ser isso mesmo, minha mãe.Por fim estou grato aos amigos que tenho. São os melhores do mundo e das horas todas. Não preciso de dizer os nomes porque eles, todos, sabem quem são.
Nunca me faltaram, nunca me falharam, e jamais serei capaz de lhes agradecer tudo aquilo que têm feito por mim e por nós. Nesta experiência dura que tive fizeram-me sentir em Anfield Road a ouvir em permanência o inigualável "You'll never walk alone".Agora é tempo de recuperar para depois voltar à vida, à vida nova, com juízo e com a promessa de que, no que depender de mim, tudo farei para que a minha, a nossa, seja longa e feliz. Viva a Vida!"