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Mourinho aplaude apanha-bolas do Liverpool: "Eu também fui, de topo"

"O miúdo foi muito inteligente, brilhante", atirou o treinador português.

Mourinho aplaude apanha-bolas do Liverpool: "Eu também fui, de topo"
Notícias ao Minuto

12:04 - 10/05/19 por Notícias Ao Minuto

Desporto Liga dos Campeões

José Mourinho não poupou nos elogios a Oakley Cannonier, jovem de apenas 14 anos que atuou enquanto apanha-bolas no encontro da segunda mão das meias-finais da Liga dos Campeões, entre Liverpool e Barcelona.

Foi o jogador das camadas jovens dos reds que entregou rapidamente a bola a Trent-Alexander Arnold aos 79 minutos, no pontapé de canto que culminaria no golo do 4-0, por intermédio de Divock Origi.

“Há um detalhe que alguns meios de comunicação social apanharam: o apanha-bolas. Eu estive num clube que nunca percebeu quão importantes são os apanha-bolas. Se queres um lançamento rápido, o apanha-bolas tem que saber que o queres, a bola tem de chegar rapidamente. Mesmo que estejas a vencer, por vezes essa rapidez é importante”, explicou o treinador português, no espaço de opinião de que dispõe no canal televisivo RT.

“Os pontapés de baliza, o ritmo do jogo… Os apanha-bolas, numa boa estrutura, também podem contribuir. Eu fui um apanha-bolas. Um apanha-bolas de topo. Quando levava a bola para que os jogadores marcassem o pontapé de canto, sabia onde é que queriam a bola. Os jogadores nem tinham que tocar na bola. Eu sabia que o jogador A da minha equipa queria a bola nesta parte do semicírculo. Sabia que o outro, como é esquerdino, queria a bola ali. As pessoas não sabem que, num verdadeiro clube de futebol, cada detalhe é importante”, acrescentou.

Para José Mourinho, “o miúdo foi muito inteligente, brilhante”: “Depois, o Alexander-Arnold leu a situação fantasticamente bem. Um miúdo, numa meia-final da Liga dos Campeões, cansado com 80 minutos de futebol, viu tudo. Digo sempre que os bons jogadores são aqueles que estão no relvado e tudo está claro. Ele viu aquilo. Depois, claro que o Origi marcou. Parece um golo fácil, mas não é. O Barcelona jogou de forma mista, alguns jogadores marcavam à zona, outros homem a homem. A marcação zonal não estava lá, os dois jogadores ao primeiro poste não estavam lá. Não sei o que aconteceu, não consigo explicar”.

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