"Aliança suja" valeu comissão avultada a agentes de Fabianski
Documentos obtidos pelo Football Leaks revelam que o diretor desportivo do Bayer Leverkusen terá expressado interesse na aquisição do guarda-redes com o único objetivo de que um grupo de empresários beneficiasse com a sua renovação.
© Reuters
Desporto Football Leaks
O jornal alemão Der Spiegel revelou, esta sexta-feira, uma troca de e-mails obtida pelo Football Leaks, que denunciam aquilo a que apelida de “aliança suja” entre Jonas Boldt, diretor desportivo do Bayer Leverkusen, e a Spielerrat, empresa de agenciamento de jogadores.
A agência em causa foi fundada por Daniel Delonga, Thorsten Wirth e Hannes Winzer, velhos amigos de Boldt, e conta com uma recheada carteira de futebolistas, entre eles Lukasz Fabianski, guarda-redes polaco que, atualmente, representa o West Ham.
O episódio relatado pela publicação envolve estas quatro ‘personagens’ e remonta à “primavera de 2015”, quase um ano após Fabianski deixar o Arsenal para assinar um contrato de quatro anos com o Swansea.
O polaco estava a realizar uma época de alto nível, pelo que a agência terá aberto contacto com a direção do clube da Premier League, na tentativa de fazer com que o seu ordenado fosse aumentado, de 35 mil libras – 39,1 mil euros – por semana, para os 50 mil libras – 55,9 mil euros – semanais.
Nesse sentido, foi colocada, em cima da mesa, uma proposta de renovação até 2019, que contemplava um bónus de 760 mil libras – 850 mil euros – para a Spielerrat após a primeira época, e de mais 480 mil libras – 536,9 mil euros – por cada outra época em que o jogador permanecesse no clube.
Para convencer o Swansea a aceitar as condições, a empresa terá apresentado um e-mail enviado por Jonas Boldt, no qual o diretor desportivo do Bayer Leverkusen se terá mostrado interessado na aquisição do guarda-redes, como forma de salvaguardar a possível saída de Bernd Leno.
Uma ajuda que mereceu um agradecimento entusiasta por parte de Daniel Delonga, um dos empresários da Spielerrat: “Olá, Boldinho. Quero agradecer-te pela tua ajuda com o Fabianski. Muito, muito obrigado!”.
A verdade é que a jogada acabou mesmo por funcionar. O Swansea cedeu à pressão e aceitou renovar o contrato do polaco, o que acabou por valer uma comissão total de 1,3 milhões de libras – 1,5 milhões de euros – à empresa.
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