O FC Porto versão 2018/19 já está em andamento. Tal como Sérgio Conceição referiu publicamente, a nova época do dragão já está a ser preparada, mas, nesta altura, o projeto daquele que será o plantel azul e branco está ainda recheado de interrogações.

Segundo apurou o Desporto ao Minuto, os responsáveis portistas pretendem resolver cada dossier o mais depressa possível, mas a indefinição relativa ao futuro de alguns jogadores tem condicionado as intenções.

Em traços gerais, a estratégia passa por segurar a maioria dos principais pilares da conquista do título. Consumada a venda de Ricardo Pereira ao Leicester - já só tinha contrato por mais um ano -, a prioridade é tentar impedir que Sérgio Conceição perca mais trunfos, nomeadamente Alex Telles, Danilo ou Herrera, sendo certo que na frente de ataque, e tal como o nosso site revelou em tempo oportuno, haverá uma venda, entre Soares, Aboubakar ou Marega. 

Essa resolução, a nível de saídas, irá naturalmente influenciar o 'ataque' portista ao mercado, apesar de se prever um FC Porto mais ativo do que na última época, onde o regresso dos jogadores emprestados acabou por ser a maior alteração.

Nesse sentido, os 20 milhões de euros encaixados com a transferência de Ricardo Pereira dão maior margem de manobra à SAD azul e branca, mas ainda há muitos processos por fechar, a começar pela baliza. Se a renovação de Casillas confirmou a permanência do espanhol por mais uma época, também é verdade que reduziu o espaço a José Sá. O guarda-redes luso pretende jogar com regularidade e poderá deixar a Invicta, até porque existem ainda Vaná e Fabiano.

Já na defesa, as situações de jogadores como Marcano e Diego Reyes adquirem uma urgência máxima, já que os dois jogadores estão em final de contrato, têm mercado e ainda não acordaram a renovação. Se eventualmente acabarem por sair, o FC Porto está obrigado a ir ao mercado em busca de, pelo menos, um central, já que os jovens Chidozie e Jorge Fernandes vão realizar a pré-época às ordens de Conceição e, caso mostrem sinais positivos, poderão integrar o plantel. Nas laterais, Maxi Pereira e Diogo Dalot dão garantias à direita, enquanto Alex Telles é visto como imprescindível. A chegada de um jogador para fazer concorrência ao brasileiro está a ser equacionada.

Subindo no terreno, é expectável que chegue mais um médio ao Dragão e possam sair um ou dois do atual plantel. Otávio teve uma época irregular, André André e Óliver perderam 'chama' e o técnico portista sente a necessidade de contar com mais um elemento que, além de qualidade óbvia, consiga acrescentar intensidade ao jogo azul e branco. Para já, é certo que o jovem Mikel Agu também vai fazer a pré-época com a equipa.

Ataque pode sofrer várias alterações

Se em todos os setores existem muitas dúvidas, é no ataque que a indefinição é maior. A saída de um dos avançados é o cenário mais provável, não só pelo assédio de vários clubes aos três jogadores que esta temporada garantiram mais de metade dos golos da equipa, mas também porque todos eles podem permitir ao FC Porto realizar mais um significativo encaixe financeiro. Por fim, nas alas, Brahimi tem o futuro incerto, tal como Hernâni, que não conseguiu ser opção com a regularidade desejada, e Gonçalo Paciência, que continua a ser alvo de abordagens de vários clubes estrangeiros. 

Neste capítulo, há mais três jovens que Sérgio Conceição vai observar. Fede Varela e Galeno deram nas vistas no Portimonense, enquanto André Pereira brilhou no V. Setúbal, ao ponto de garantir um lugar na pré-época portista. Assim sendo, e segundo foi possível apurar, os dragões poderão ir ao mercado em busca de mais um extremo. Tudo dependerá, como nos restantes setores, da continuidade (ou não) dos atuais campeões em título.