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Culture Clash: Mais de 30 artistas a medir beats ao vivo "em noite única"

A segunda edição do Red Bull Music Culture Clash terá lugar no Coliseu de Lisboa, no próximo dia 2 de março. Mais de 30 artistas portugueses num duelo pelo melhor som, e pelo maior aplauso. Apresentado por Alex D’Alva Teixeira e Carlão, promete “bocas, músicas novas, surpresas e muito barulho”, nas palavras do ex-Da Weasel.

Notícias ao Minuto

08:08 - 24/02/18 por Anabela de Sousa Dantas

Cultura Música

No próximo dia 2 de março, o Coliseu dos Recreios vai ser palco de uma batalha épica. Nesta primeira frase, só a data é para ser literal porque na realidade são quatro palcos, a batalha é musical e épica deverá ser a medição do contador de decibéis.

O Red Bull Music Culture Clash vai regressar à sala nobre de Lisboa para colocar frente a frente dezenas de artistas de vários quadrantes da música nacional, numa noite que dificilmente se deverá repetir. Mas o que é o Culture Clash?

Indo beber à cultura soundclash jamaicana, cujas primeiras competições remontam aos anos 50, este tipo de evento equiparado renasceu na Europa numa cidade que também tem uma forte ligação às batalhas de som e líricas, Londres. Foi precisamente na capital britânica que, em 2010, teve lugar o primeiro Red Bull Music Culture Clash.

Em Portugal, a primeira edição aconteceu em 2016, também no Coliseu dos Recreios. Apresentado por dois hosts, ou MCs, a competição junta quatro crews (equipas) formadas por vários músicos. Estas crews dispõem de quatro rounds (voltas) para mostrarem o que valem num curto espaço de tempo pré-definido, sendo depois avaliadas pelo nível de barulho feito do público. A ideia será não ser batido pelo beat (trocadilho intencional) do adversário.

No próximo dia 2 de março, esta fúria de decibéis vai sendo compassada por dois mestres de cerimónias: Alex D’Alva Teixeira e Carlão. O primeiro é a voz dos D’Alva, uma promessa da nova pop nacional, e já foi apresentador, ao lado de Gisela João, da primeira edição Red Bull Music Culture Clash. O segundo, se de apresentações carecesse, foi durante anos o mítico Pacman dos Da Weasel e passou depois para projetos como ‘O Algodão Não Engana’ ou 5:30.

E também há aquela picardia, que é uma picardia que se quer saudável

“É um conceito de espetáculo completamente diferente. Estás no Coliseu de Lisboa e o espetáculo não acontece no palco principal, vão ser montados quatro palcos à volta da zona da plateia, em cima da bancadas. E basicamente o que está a acontecer é uma batalha das bandas”, explicou Alex D’Alva Teixeira ao Notícias ao Minuto, sublinhando que parte da singularidade do evento em Portugal reside no facto de a maior parte dos artistas nunca ter feito nada em conjunto, por serem de géneros bastante díspares.

“Eu fiz parte de uma crew no ano passado e há muita expectativa - tu não sabes muito bem aquilo que se vai preparar para ali, algumas coisas são completamente novas, o resto é baseado em coisas que já foram feitas... Estás à espera da reação do público, esperas que seja boa, estás muito à espera também do que os outros vão apresentar, porque é uma competição, não é? E também há aquela picardia, que é uma picardia que se quer saudável”, esclareceu, por sua vez, Carlão.

A picardia, explique-se, pode ser musical ou lírica mas tem de ser rápida e incisiva, afinal de contas não há muito tempo. Irá durar todo o espetáculo mas será mais aguçada – talvez – no terceiro round, ‘Dormindo com o inimigo’, onde as bandas devem imitar os géneros de música do adversário.

Não é para os fracos de coração, pois não? “Para os músicos? [risos] Acho que o espírito da coisa tem que ser divertimento. Se ganhar, melhor, toda a gente gosta de ganhar. Mas, acima de tudo, perceber - e aí tem de ser os músicos e o público - que aquilo é um momento único, provavelmente irrepetível e tentar aproveitar isso pelo que é, pela especificidade daquela noite que vai juntar 30 nomes. Vai haver bocas, vai haver músicas novas, vai haver surpresas, vai haver uma imensidão de géneros musicais misturados ali e vai haver muito barulho”, garantiu o ex-Da Weasel.

Uma montra de estrelas para todo o tipo de fãs de música

Passemos às crews, compostas por mais de 30 artistas de diversas géneses e géneros. São elas: Capicua e Guerrilha cor-de-rosa, Paus e Pedras, Richie Campbell apresenta Bridgetown e Rui Pregal da Cunha apresenta Ultramar (ver galeria acima).

Entre elas contam-se artistas tão diversos como Ana Bacalhau, Holly Hood, Capitão Fausto, Blaya, Mishlawi, Luís Franco Bastos, Plutonio e até M7, a entusiasmante Beatriz Gosta.

“Provavelmente, as pessoas que vão já conhecem pelo menos um dos artistas que estão nas crews e não se sabe que coisas novas é que esse artista pode trazer para cima da mesa. O que é que a Ana Bacalhau vai fazer com a Capicua? Será que a M7 vai ser a Beatriz Gosta? Qual é o resultado de Throes + The Shine com Rui Pregal da Cunha?”, questionou a voz de ‘Frescobol’.

No ano passado, a crew vencedora foi a Club Atlas, liderada por Branko, e onde estava incluído Carlão. Este ano, está tudo em aberto, restando esperar pela noite de sexta-feira. Uma coisa é certa, refere Alex D’Alva: “Isto é uma coisa que só vais poder experimentar uma vez na vida”.

Já agora, pode comprar bilhetes aqui. As portas do Coliseu dos Recreios abrem às 20h30.

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