Em segundo lugar ficou o autor brasileiro Silvano Santiago, que concorreu com a obra 'Machado', seguido pelo poeta português Helder Moura Pereira, com o livro 'Golpe de Teatro'.

Fechando a lista de vencedores, em quarto lugar foram escolhidos dois autores, a poeta portuguesa Maria Teresa Horta, com o livro 'Anunciações', e o romancista brasileiro Bernardo Carvalho, com a obra "Simpatia pelo Demónio".

Ana Teresa Pereira nasceu no Funchal, Ilha da Madeira, onde vive. Publicou o primeiro livro em 1989, intitulado 'Matar a imagem', e desde então publica regularmente.

Entre suas obras destacam-se 'Se nos encontrarmos de novo', vencedor do prémio PEN Clube na categoria Ficção, 'A Neve, O Lago', que obteve com o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, para além de cerca de duas dezenas de títulos.

Nos finalistas do prémio encontravam-se quatro autores portugueses - Maria Teresa Horta, Helder Moura Pereira, Ana Teresa Pereira e Ana Margarida de Carvalho, com a obra que venceu o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores/2016, 'Não se pode morar nos olhos de um gato'.

Na final estavam também os autores brasileiros Bernardo Carvalho, Elvira Vigna, Sérgio Sant'Anna, Silviano Santiago, Verônica Stigger e Victor Heringer.

Silvano Santiago, vencedor do segundo prémio, nasceu em 1936. É o romancista de 'Mil rosas roubadas', vencedor do prémio Oceanos em 2015. A sua obra, que inclui romance, conto e ensaio, foi distinguida com os prémios Jabuti, Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras e José Donoso, do Chile.

Helder Moura Pereira, poeta, professor e tradutor de poetas consagrados da literatura mundial, venceu o Grande Prémio de Poesia da APE com 'Golpe de Teatro', obra agora distinguida no Brasil.

Entre seus livros mais conhecidos estão 'Pela parte que me toca', 'Segredos do reino animal', 'Mútuo consentimento', 'A pensar morreu um burro e outras histórias'.

Maria Teresa Horta, poeta, ficcionista, jornalista e ativista, que conquistou o quarto lugar com 'Anunciações', tem uma extensa carreira durante a qual travou um intenso combate em favor das mulheres portuguesas, marcando sobretudo as gerações de 1960 e 1970.

Frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo pertencido ao grupo de Poesia 61.

A liberdade, a desobediência e a luta contra os estereótipos são temas presentes na sua obra, que chocou a sua geração e a opinião pública. Na sua obra destacam-se 'Novas Cartas Portuguesas', escrita em parceria com Maria Velho da Costa e Maria Isabel Barreno, e 'Minha Senhora de Mim'.

Bernardo Carvalho, nascido no Rio de Janeiro em 1960, é jornalista e escritor. Recebeu os prémios Portugal Telecom e Machado de Assis, com "Nove Noites" e Jabuti com "Mongólia".

Dos autores portugueses, só Maria Teresa Horta tinha, até agora, sido publicada no Brasil. Dos brasileiros, só Bernardo Carvalho se encontra publicado em Portugal.

Este ano, o prémio Oceanos, que até 2014 se chamava Portugal Telecom, expandiu-se e passou a aceitar obras de escritores de língua portuguesa com livros publicados em qualquer país do mundo, aumentando a amplitude da sua atuação.

A organização também passou a aceitar inscrições de livros de poesia, prosa de ficção, dramaturgia e crónica que foram publicados apenas no formato digital.

O vencedor recebe 100 mil reais (26,9 mil euros), o segundo colocado 60 mil reais (16 mil euros), o terceiro 40 mil reais (10,7 mil euros) e o quarto 30 mil reais (oito mil euros).