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Fundação José Saramago assinala os cinco anos da morte do escritor

A Casa dos Bicos, sede da Fundação José Saramago (FJS), está de "portas abertas ao público" na quinta-feira, para apresentar uma programação que assinala os cinco anos da morte do escritor, divulgou a instituição.

Fundação José Saramago assinala os cinco anos da morte do escritor
Notícias ao Minuto

19:40 - 15/06/15 por Lusa

Cultura Quinta-feira

A Fundação "convida os visitantes a fotografarem-se vendo o mundo pelas lentes de José Saramago" e da programação faz parte a estreia do documentário "Um humanista por acaso escritor", do brasileiro Leandro Lopes, que ocorre simultaneamente em Belo Horizonte, Recife, Serrinha, no Brasil.

Antes da exibição, prevista para as 11:30, é inaugurada a exposição de ilustração de André Letria intitulada "A maior flor do mundo", título retirado de uma obra do Nobel português de Literatura, destinada ao público infantil.

Ainda na quinta-feira, pelas 21:00, é apresentado o concerto pelo duo Buganvília, constituído pelos músicos João Afonso e Rogério Cardoso Pires, que conta com a participação dos atores Maria do Céu Guerra e Nicolau Breyner, que vão ler textos de José Saramago.

A revista Blimunda, órgão oficial da FJS, que faz três anos, publica nesta ocasião o seu 37.º número, qual será incluído um texto inédito do escritor, "Notas de ensaio sobre a lucidez", segundo a mesma fonte.

A presidente e o diretor da FJS, Pilar del Río e Sérgio Machado Letria, respetivamente, vão apresentar detalhadamente a programação, na quarta-feira de manhã, e irão anunciar também diferentes iniciativas em torno da figura e obra de José Saramago, em Portugal, México, Brasil, Itália e Espanha, entre outros países.

Fonte da FJS adiantou à Lusa que uma das iniciativas é um encontro de "pensadores e filósofos, nos dias 24 e 25 deste mês, na Universidade Nacional Autónoma do México, para esboçar a 'Cartas dos Deveres Humanos'", que José Saramago sugeriu no seu discurso em Estocolmo, em 1998, quando recebeu o Nobel.

"A ideia é começar a concretizar esta ideia e, depois, apresentar o documento às Nações Unidas", disse a mesma fonte.

Desde a morte de Saramago, no dia 18 de junho de 2010, ocorrida na sua residência em Tías, na ilha espanhola de Lanzarote, no arquipélago das Canárias, "publicaram-se dois romances do escritor, estrearam-se obras de teatro em vários países, realizaram-se filmes, compuseram-se óperas e, em diversas publicações ensaísticas, estudou-se a obra do autor, que, para tantos leitores, tem maior significado a cada dia que passa", afirma a FJS.

José Saramago é autor de mais de 30 títulos, entre os quais os romances "O ano da morte de Ricardo Reis" e "Memorial do Convento", incluídos nos programas curriculares do Ensino Secundário.

Além do Nobel da Literatura, o único atribuído até hoje a um escritor de Língua Portuguesa, Saramago recebeu vários prémios, entre os quais o Prémio Camões, o Grande Prémio de Romance e Novela, o Grande Prémio de Teatro da Associação Portuguesa de Escritores, o Prémio da Associação de Críticos Portugueses, o Prémio Cidade de Lisboa, o P.E.N. Clube Português e o D. Dinis/Fundação da Casa Mateus, entre outros.

"A Jangada de Pedra", "Levantados do Chão", "O Evangelho segundo Jesus Cristo", "O Homem Duplicado", "Ensaio sobre a Cegueira", "A viagem do elefante" e o romance inicial "Claraboia" são alguns dos títulos do autor que frequentemente enfrentou e criticou a Igreja Católica.

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